27-07-2023
Diante da imagem (cap. 2), de Georges Didi-Hubeman
No segundo capítulo de Diante da imagem, chamado "A arte como renascimento e a imortalidade do homem ideal", Georges Didi-Huberman questiona os pressupostos mais antigos e canônicos da história da arte, como a noção de "desenho" de Vasari. O "desenho", que pode apontar também para o "desígnio" divino, requer um homem nobre e ilustrado que por antecedência ou por inatismo sabe aonde vai chegar quando se depara diante da tela em branco. É como se a obra, pela elevação do homem ideal, já estive pronta de antemão "no espírito" do criador. Ao contrário, Didi-Huberman vai destacar o trabalho com o grafite, os rascunhos, ou seja, a morfologia ou a luta que leva a realização do trabalho criativo. Além disso, se existe uma arte feita de antemão é porque se ampara num plano já acabado (mesmo antes de ser realizada). Assim, quando o historiador se volta à crítica de tipo hegeliano que se apoia no "fim da arte", ele voltará a apontar a facilidade com que a é feita a história da arte, já que coloca seus olhos em processos terminados, plenamente mortos, e que assim seriam mais fáceis de serem visualizados...
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