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Miguel Nicolelis fala sobre ‘chip do cérebro’, IA e o futuro sem futuro
Há 6 dias
Miguel Nicolelis fala sobre ‘chip do cérebro’, IA e o futuro sem futuro
O médico e neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis é um dos pioneiros nas interações entre cérebro e máquinas. Neste episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, ele conta como uma pesquisa que começou com ratos bebendo água só com o poder da mente levou a pessoas tetraplégicas não só voltar a andar mas também recuperar os movimentos.  Essas descobertas estão na origem da Neurolink, empresa do 'chip do cérebro' comprada por Elon Musk. Não à toa, três dos fundadores da companhia são ex-alunos de Nicolelis. Crítico da iniciativa, ele diz que a startup optou pelo "espetáculo", "foi para o lado que arrecada mais dinheiro" e "parece um açougue", devido à quantidade de animais mortos nos testes. E acrescenta: ser conduzida por engenheiros tira o foco dos benefícios médicos. Vira e mexe, algum cientista compara o desempenho do cérebro ao de um computador. A Caltech, universidade de renome dos EUA, fez isso ao decretar: o cérebro processa a uma velocidade de 10 bits por segundo. "Isso é a maior piada da neurociência", dispara Nicolelis. O neurocientista conta que é uma percepção equivocada comum. Em palestra privativa sobre o cérebro para os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, ele chegou a ouvir a pergunta, "mas só processa a 5 bits por segundo, né?". É, mas... "Os 10 bits por segundo construíram a história da civilização humana. O que um computador que funciona na velocidade da luz construiu realmente? vamos parar para pensar (...) Na época que eu ia a estádios nos anos 1960, o Pelé fez um gol contra o Palmeiras e a torcida do Palmeiras levantava para aplaudir de pé. Como você computa isso? Em quantos bits você descreve a sensação coletiva de ter visto algo fora do comum? Não tem." Nem inteligente nem artificial. É assim que Nicolelis enxerga a inteligência artificial. Mas ele vai além. Para ele, o próprio termo é uma enganação e nasceu em 1960 como uma jogada de marketing de John McCarthy, cientista do MIT apontado como um dos pais da IA. Logo de cara, a ideia foi contestada por outro expoente: Joseph Weizenbaum, também do MIT, foi o criador do primeiro chatbot da história, a Eliza. Ele logo percebeu o perigo ético de sua invenção, pois as pessoas tratavam o robô como um terapeuta. A gota d'água veio quando sua secretária gastava uma hora por dia para se consultar com a Eliza. Agora, porém, a IA movimenta bilhões e é apontada como futuro. "As empresas pularam de cabeça de uma maneira tão gigantesca que elas não podem sair", avalia Nicolelis, para quem estamos diante de uma bolha prestes a estourar. O neurocientista é pessimista caso a IA prevaleça: "se tudo que você vai fazer é baseado num banco de dados do que já foi feito, você não tem futuro (...) Além de um futuro sem futuro, a gente não vai saber o que é verdade".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Zuckerberg e os ‘guerreiros da liberdade’ do Trump; TikTok, inimigo nº1; o drible da China nos EUA
21-01-2025
Zuckerberg e os ‘guerreiros da liberdade’ do Trump; TikTok, inimigo nº1; o drible da China nos EUA
Mark Zuckerberg sabe que a Meta enfrentará imensos desafios com a volta de Donald Trump. O novo presidente dos Estados Unidos já escolheu para órgãos responsáveis por decidir o futuro da empresa em 2025 os nomes de dois “guerreiros da liberdade de expressão”. No novo episódio de Deu Til, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz contam quem são eles, quais são as opiniões deles sobre as Big Tech e, mais importante, como as decisões deles podem afetar Facebook, Instagram e WhatsApp. Posts e vídeos sobre política deixam as pessoas irritadas com a mesma intensidade em que geram curtidas, comentários e compartilhamentos. Zuckerberg sabe disso. Por isso, o CEO da Meta vai inundar Facebook, Instagram e Threads com conteúdo assim. Mas não se engane. Para além de agradar progressistas ou conservadores, o executivo quer mesmo é ganhar uma batalha que vê até o sono dos usuários como rival. É a disputa do engajamento.  O TikTok conseguiu a façanha de vencer uma batalha em solo estrangeiro. Chinês, o app vem superando Instagram e Facebook em seu próprio território, os Estados Unidos. Mas não é só isso que fez o aplicativo queridinho dos jovens virar o inimigo nº1 do governo norte-americano. Deu Tilt explica a real inovação por trás das dancinhas que notabilizaram a rede social.  A China foi proibida pelos EUA de acessar os chips mais poderosos do mundo para desenvolver sistemas de inteligência artificial. Deu Tilt mostra como o país driblou o embargo norte-americano para virar uma potência na IA. A história é repleta de ataques comerciais, revides e até muamba.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Trump de volta à Casa Branca; as redes sociais em 2025; IA não sabe o que é felicidade
14-01-2025
Trump de volta à Casa Branca; as redes sociais em 2025; IA não sabe o que é felicidade
Donald Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez em 2025. Na área de tecnologia, ele e sua equipe não economizaram em alardear o que iriam fazer. No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz explicam como a regulamentação da inteligência artificial e o combate aos monopólios de Google e outras Big Tech serão alguns dos grandes campos de batalha. A ideia é revogar as regras criadas por Joe Biden e afrouxar o cerco às grandes empresas de tecnologia. O motivo? Ambos os movimentos passam por uma visão de mundo sintetizada por termo que a gente nem sabia que existia: a 'IA woke'. Em 2025, Trump manterá seu novo melhor amigo perto, mas ficará ainda mais próximo de sua velha inimiga. Se o bilionário Elon Musk, dono de Tesla, SpaceX e X, ocupará até cargo na Casa Branca, a China já ocupa o centro da mira do novo presidente dos EUA. Diogo e Helton explicam por que essa relação de ódio com a China pode azedar o amor entre Trump e Musk.  Dessa vez, a culpa não é da inteligência artificial, mas, sim, das empresas por trás da tecnologia. Vira e mexe, uma delas sai por aí jurando que sua IA é capaz de identificar e compreender emoções humanas. Basta detectar a expressão facial de alguém e pronto. Diogo e Helton explicam por que não tem nada mais enganoso do que isso. Até há estudos que embasam as tentativas, como as teorias da emoção básica universal e a das emoções construídas. Mas nada além disso. Tanto é que especialistas qualificam como "lixo" qualquer tecnologia que promete reconhecer emoções humanas. "Reconhecer emoção pela expressão facial é ganhar na loteria", diz Diogo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os segredos para o Google investir na sua empresa no Brasil
07-01-2025
Os segredos para o Google investir na sua empresa no Brasil
Todo empreendedor sonha com a oportunidade de um dia receber investimento de uma empresa gigante como o Google. Se isso acontecer, quem estará do outro lado da mesa provavelmente será André Barrence, diretor do Google for Startups para América Latina. E, quando isso acontecer, é bom estar preparado. Afinal, ele já trabalhou com mais de 2 mil empresas --500 só no Google-- e recebeu propostas até mesmo na pista de dança durante um casamento. Em sua participação no Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, o executivo contou os segredos para atrair investidores e estratégias para vender uma ideia até mesmo uma viagem de elevador de 30 segundos. Se estamos falando de uma startup de tecnologia, é de se esperar que o mais chamativo nela seja a tecnologia, certo? Errado. Esse quesito é apenas o quarto item da lista avaliada pelo Google na hora de escolher quais empresas iniciantes vai apoiar. Antes disso, são analisadas outras características da empresa como equipe, tamanho do problema a ser resolvido e mercado a ser explorado. Em quinto lugar vem o nível de conhecimento dos fundadores sobre o mercado e a tecnologia. Barrence explica por que essa é a ordem de características buscadas em startups avaliadas e o que faz seus olhos brilharem. O ecossistema de startups é acirrado com qualquer fundador, mas é particularmente cruel com empreendedores negros. Para contornar o gargalo, o Google lançou um fundo de investimento apenas para empresas iniciantes criadas por empresários com essas características. À frente da iniciativa está Barrence. Ele conta que não imaginava, porém, que "fazer a coisa certa" poderia atrair tantos ataques. "Sofremos intolerância."See omnystudio.com/listener for privacy information.
Não é só coisa da sua cabeça: a ciência explica injustiça, egoísmo e o amor pelas ideias dos outros
17-12-2024
Não é só coisa da sua cabeça: a ciência explica injustiça, egoísmo e o amor pelas ideias dos outros
Pode não parecer, mas o seu cérebro possui um mecanismo para ajudar você a detectar gente egoísta e evitar situações injustas. No episódio desta semana de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz recebem Paulo Boggio, professor do Mackenzie e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Neurociência Social e Afetiva. Um dos neurocientistas brasileiros mais respeitados do mundo, Boggio explica que o cérebro leva menos de 100 milissegundos para identificar uma roubada e salvar você dela --é menos do que o tempo necessário para pensar em imagens. No papo, ele explica por que esse superpoder foi crucial para a humanidade chegar até aqui. "A sobrevivência da gente depende muito de cooperação", diz ele. E também conta como as engrenagens dessa magia entram em jogo ao fazer uma simples pergunta: qual fatia de uma bolada você toparia receber para deixar outra pessoa ficar com o resto? A afinidade une as pessoas. Mas o repúdio por algo também. Historicamente, os seres humanos formam grupos mais por defenderem algo de que gostam muito, algo que neurocientistas chamam de "in love group". Mas, recentemente, isso tem mudado: as pessoas têm se alinhado a outras com mais frequência por detestarem características ou as ideias de outros indivíduos. Você já percebe isso na política, mas não só nela. Boggio explica por que isso está acontecendo e o que a internet tem a ver com isso. Não é pouca coisa. Você já deve ter ouvido que a solução para conflitos é "se colocar no lugar do outro". Munido de pesquisas em neurociência, Boggio explica que esse não é o melhor caminho. E ainda pode piorar as coisas. No fim das contas, esse exercício pode até levar a um sentimento cunhado por filósofos alemães como "Schadenfreude", algo como, "prazer na dor alheia". Ainda assim, há saída. Boggio explica como.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Instagram: poder para pais e mães; Amigos de IA não vão ao bar; Indústria de recuperação de contas nas redes
10-12-2024
Instagram: poder para pais e mães; Amigos de IA não vão ao bar; Indústria de recuperação de contas nas redes
A partir de 2025, o Instagram vai ser transformado no Brasil. A rede social vai restringir o que crianças e adolescentes podem fazer. E pais, mães e responsáveis também serão afetados, afinal eles decidirão quais interações estão liberadas ou proibidas. Neste novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz explicam como funcionarão as novidades, como toque de recolher, perfil fechado, DM lacrada para desconhecidos. É bom saber como será, afinal todo mundo entre 16 e 13 anos será atingido. A dupla também conta por que o Instagram está fazendo isso, como vai detectar menores de idade e como pais e mães ficam nessa história. A mudança não poderia ser mais oportuna: crianças passam a usar redes sociais cada vez mais, e o Instagram é a que os adolescentes usam com mais frequência. Até essa área para lá de humana foi invadida pela inteligência artificial: a amizade. Helton e Diogo contam que já tem gente --e não é pouca-- criando amigos com IA e destinando a eles sentimentos, como confiança, carinho e afeição. É a intimidade artificial, que, para algumas pessoas, é bem real. "As companhias de IA são a personificação digitalizada dos amigos imaginários. E tem gente que ganha dinheiro com isso. É genial", brinca Helton. "Agora, você consegue criar o seu amigo imaginário que conversa de fato com você e tem uma personalidade específica", comenta Diogo. E dá para falar com personalidades históricas ou puramente fictícias, como Albert Einstein, Sigmund Freud e Daenerys Targaryen. Só não dá para levá-los ao bar --até dá, mas fica para outro episódio. Por trás dessa onda está a Character.AI, criada por um brasileiro.  O Brasil não é só um dos países com mais usuários de redes sociais. Também concentra um número gigantesco de influenciadores digitais. Para todos eles, os perfis nessas plataformas é tão importante quanto a própria casa, uma nova forma de se expressar. E o que você faz quando seu lar digital é suspenso pela dona da plataforma ou roubado por cibercriminosos? Diogo e Helton contam que um novo modelo de negócio surgiu para surfar o desespero de aficionados por redes sociais ou profissionais desses espaços. É a indústria da reativação de contas. Deu Tilt falou com um representante do novo negócio, o advogado Tonyson Santos, que conta como e por que entrou nesse mundo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Google x SearchGPT; Viagem no sonho é real? A era dos agentes de IA
03-12-2024
Google x SearchGPT; Viagem no sonho é real? A era dos agentes de IA
Até agora o Google reinou quase que sozinho nas buscas online. Se depender da OpenAI, no entanto, essa liderança tranquila está prestes a acabar. A dona do ChatGPT lançou seu motor de pesquisa com inteligência artificial para entregar algo que as pessoas já estavam querendo: vasculhar a internet e receber os resultados processados pela IA generativa. “É uma mudança de paradigma”, conta o pesquisador Diogo Cortiz. O Google já tinha se antecipado ao golpe e criado o AI Overview. No novo episódio desta semana de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz embarcam numa batalha diferente: Google x SearchGPT. Além de testar as capacidades das duas ferramentas, a dupla competiu para ver qual das duas tem um desempenho melhor. Quem vence? É o novo quadro “Pergunte à IA”. Helton, que atuava junto do AI Overview (Google), já adianta o resultado: “Amiga, não dá para te defender”, brinca o jornalista. Em disputa, está qual motor de busca traz o melhor resultado para pesquisas por Bolsonaro, Lula, o primeiro celular, cálculo do PIB, feitos da cantora Taylor Swift e a confecção da batata frita do McDonald’s. Essa é coisa de cinema. Ou, melhor, é algo só possível de ver nos sonhos. Na verdade, essa novidade são as duas coisas. Cientistas da REMSpace, uma empresa da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma tecnologia que dá a uma pessoa o poder de visitar os sonhos de outra. E mais: permite e essa viajante acessar informações presentes apenas na cabeça daquela que está dormindo. Como fizeram isso? Em Deu Tilt, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes explicam como isso é possível. Se você ainda não se acostumou com ferramentas de inteligência artificial, prepare-se para mais uma mudança. Vêm aí os agentes de IA. Em Deu Tilt, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz explicam que esses sistemas autônomos são criados para executar sozinhos ações complexas e que não acabam na internet. Hoje, chatbots de IA já são capazes de traçar roteiros turísticos. Os agentes irão além: comprarão passagens de avião e ônibus, reservarão hotéis e pousadas e até pagarão pelos tíquetes das atrações que você quiser visitar. Alguns deles, aliás, terão até o poder de mexer no computador por você. Isso envolve mexer no mouse. Já pensou?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Big Tech no STF; Wikipédia, a nova vítima da IA; Bilionários contra o stalker de jatinhos
26-11-2024
Big Tech no STF; Wikipédia, a nova vítima da IA; Bilionários contra o stalker de jatinhos
O STF (Supremo Tribunal Federal) finalmente vai julgar se um dos artigos mais polêmicos do Marco Civil da Internet é constitucional ou não. Deixando o jurisdiquês de lado, o resultado desses processos na mais alta corte do Brasil podem levar ao processo de regulamentação das redes sociais no país, algo que vinha sendo costurado no Congresso, mas ficou pelo caminho por decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Essa é a expectativa. No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz contam que as ações judiciais que podem mudar o rumo da internet no Brasil começaram com ofensas de alunos a uma professora e na finada rede social Orkut. A inteligência artificial virou o novo pesadelo de uma das plataformas mais visitadas da internet: a Wikipédia. Os textos gerados por robôs estão pipocando na enciclopédia online. Essa invasão tem preocupado os editores, as pessoas responsáveis por manter a qualidade do site. Deu Tilt conversou com um brasileiro que faz parte da força-tarefa. Longe de ser um detrator da tecnologia, ele é um estudante de Porto Alegre (RS) e explica por que a presença da IA é um perigo e como percebeu a chegada dos robôs. Elon Musk, Taylor Swift, Donald Trump e Mark Zuckerberg. Estes ricaços têm tantas divergências de opinião que dificilmente ocupariam a mesma sala. Mas eles possuem algo em comum: todos se irritaram com Jack Sweeney, um jovem de 21 anos por trás de perfis nas redes sociais criados para seguir jatinhos de bilionários. Deu Tilt conta por que essas contas geraram tanta polêmica que foram tiradas do ar.Patrocínio: OISee omnystudio.com/listener for privacy information.
Dinheiro, IA e domínio de mercado: funcionário nº1 do Google abre o jogo sobre a Big Tech
19-11-2024
Dinheiro, IA e domínio de mercado: funcionário nº1 do Google abre o jogo sobre a Big Tech
As digitais de Berthier Ribeiro-Neto estão presentes na chegada do Google ao Brasil no começo dos anos 2000. Ele e outros professores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) fundaram a Akwan, empresa comprada pela Big Tech. A aquisição fez dele o 1º funcionário do Google no Brasil. Em rara entrevista, Berthier conta tudo a Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, apresentado por Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz. A história passa por como a companhia pioneira travou a internet da universidade, como sua esposa ajudou na negociação e quase foi contratada pelos norte-americanos e como um empreendimento financiado com dinheiro de docentes encantou uma das maiores companhias de tecnologia do mundo. “A empresa foi financiada por poupança de professor. É um caminho que eu não recomendo. Não é saudável”, brinca. Além disso, ele conta algo que não costuma falar: quanto o Google pagou. Diretor de engenharia do centro de tecnologia do Google no Brasil por 19 anos, Berthier Ribeiro-Neto viu o mecanismo de busca se tornar uma ferramenta crucial para a internet. Ele conta como os engenheiros brasileiros solucionavam problemas globais da ferramenta. Berthier conta que uma dessas falhas não havia sido detectada nem pelos especialistas norte-americanos e afetava o mundo todo. E ainda: tinha a ver com a Britney Spears e o mp3. Depois disso, os brasileiros na companhia passaram a ser vistos com outros olhos. "A reputação dos engenheiros que o Brasil têm dentro de uma empresa como o Google mostra que a gente pode fazer tão bem quanto qualquer povo desde que a gente se organize", afirma. Inteligência artificial? Amazon? O mecanismo de busca está ficando ‘burro’, a ponto de muita gente reclamar? Muita gente elenca as ameaças a uma empresa gigante como o Google. Mas a percepção de um dos engenheiros que mais entendem da Big Tech é outra. Para Berthier, a geração de jovens que se viciou na experiência de vídeos curtos e rápidos do TikTok dificilmente vai se adaptar ao funcionamento do Google. Como resolver o problema? Não será virando uma versão do TikTok. “A máquina da busca do Google tem uma expectativa. Se virar um Tiktok, vai frustrar 1 bilhão de pessoas todos os dias”, profetiza Berthier.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Menos coaches e mais desenvolvedores: os mistérios do computador quântico
12-11-2024
Menos coaches e mais desenvolvedores: os mistérios do computador quântico
O computador quântico é envolto em uma aura de mistério e especulação. Muitas pessoas apontam a máquina como revolução no mundo da computação. Elas não estão erradas, mas, na prática, esses dispositivos são mais lentos e menos potentes do que computadores convencionais e não rodam inteligência artificial. No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, a embaixadora da IBM para computação quântica, Ana Paula Appel, conta no que essas supermáquinas realmente são boas: os chamados “problemas intratáveis”, uma gama de questões fatoriais que compreendem da elaboração de rotas para sistemas logísticos, distribuição eficiente para distribuição de dinheiro e o cálculo das chances para o Corinthians se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Ter um computador quântico em casa é um sonho difícil de realizar no momento, mas dá para acessar um à distância. Só é preciso aprender a pensar de forma diferente. Já há certificações para especialistas nas máquinas, mas isso não quer dizer que estamos diante do início da era dos desenvolvedores quânticos. O mesmo não se pode dizer sobre os coaches quânticos e as terapias quânticas. “É balela”, classifica Ana Paula Appel. Ainda que seja encarado como artefato para pesquisa, o computador quântico já é usado em áreas importantes no Brasil e no mundo. Isso inclui as baterias de carros elétricos, as rotas de navio e a distribuição de dinheiro para caixas eletrônicos e agências bancárias.  Patrocínio: OISee omnystudio.com/listener for privacy information.
Reconhecimento facial no Instagram; o cemitério do Google; a era dos espiões de IA
05-11-2024
Reconhecimento facial no Instagram; o cemitério do Google; a era dos espiões de IA
O reconhecimento facial já foi bombardeado por críticas no passado. Mas os tempos mudaram – pelo menos é isso que a Meta quer que as pessoas acreditem. Depois de trabalhar para abandonar a tecnologia, a empresa de Mark Zuckerberg voltou. No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes explicam quais são os planos da dona de Facebook e Instagram para os rostos dos seus usuários. Serão duas funções: caçar anúncios falsos feitos com a cara de celebridades para enganar as pessoas e permitir que contas roubadas sejam retomadas pelos donos reais. É o fim de gente achar que o Drauzio Varella está fazendo propaganda de remédio picareta. O que leva uma empresa a matar serviços ou produtos que as pessoas amam? Essa é uma pergunta para o Google, que, só em 2024, já matou 30! E o cemitério do Google tem perdas de ilustrações como o Chromecast, mas também há ilustrações desconhecidas, como o chat do Google Maps. É isso aí: dava para falar com sua pizzaria favorita e você não sabia. Ao longo dos anos, a dona do YouTube e do Android aposentou quase 300 serviços. Curiosamente, ela deixa no ar quatro aplicativos que pouca gente usa – com exceção do Diogo, que ama o Snapseed. Agora, o uso da inteligência artificial foi muito longe. O Pentágono possui um plano para encher a internet de pessoas com IA. Para quê? Aí vai um spoiler: manipula seres humanos de verdade e se infiltra em grupos para coletar informações. Começou uma era dos espiões de IA.See omnystudio.com/listener for privacy information.
'Feed zero' e as contas FK; 2025: começa o adeus ao 3G; Celular causa câncer? Eis a resposta
29-10-2024
'Feed zero' e as contas FK; 2025: começa o adeus ao 3G; Celular causa câncer? Eis a resposta
Perfis sem foto alguma, usuários que não publicam nada e pouco interagem. Quem navega nas redes sociais hoje até pensa que algumas pessoas até estão por lá, mas quase não dão as caras. Engano. Neste novo episódio de Deu Tilt, o podcast dos humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz falam de um novo jeito de usar as redes sociais que mais parece uma forma de usar de jeito nenhum. Ela inclui 'feed zero', contas FK, as muitas DMs e pouco stories e a morte das fotos com filtro. E tudo isso liderado pela geração Z. Ainda que muitas cidades já contem com 5G, os sinais 2G e 3G ainda são os hegemônicos no Brasil. Mas, a partir de 2025, essa realidade começa a mudar. E a banda larga de terceira geração, aquela que transportou o mundo para a era da banda larga móvel, começa a ser encaminhada para o fim. Ou, como preferem os técnicos, começa a acontecer um processo de transição tecnológica. Helton e Diogo explicam por que e como isso vai acontecer. Não é de hoje que muita gente acha que celular e cérebro são uma combinação nada saudável. Isso é até verdade em um ponto se a conversa for sobre saúde mental. No entanto, há os que acreditam que o aparelho móvel é capaz de causar câncer. Será mesmo possível? A dúvida que pipoca na cabeça de céticos há décadas parece agora ter sido sanada por um estudo encomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).See omnystudio.com/listener for privacy information.
IA não está roubando seu emprego (ainda), mas está usando seus dados como nunca
22-10-2024
IA não está roubando seu emprego (ainda), mas está usando seus dados como nunca
Muita gente ficou com medo de ter o emprego roubado pela inteligência artificial. Antes disso, porém, estamos vendo outro movimento: dados criados por pessoas são usados para ensinar robôs a se comportar como seres humanos. Nesse episódio de Deu Tilt, Luca Schirru, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Direitos Autorais, conta por que não é nada simples dizer que a IA está roubando as informações feitas por nós. O debate fica ainda mais complexo quando se discute a finalidade desses dados. “O grande debate é um só processo tecnológico, o da mineração de dados, ser usado no treinamento de IA, no treinamento de IA generativa e em pesquisas intensivas em dados que não tem qualquer ligação com inteligência artificial”, diz ele. Por outro lado, ferramentas inteligentes viraram o melhor assistente de muito trabalhador, seja para escrever textos ou criar imagens na velocidade de um estalar de dedos. A quem pertence essas criações? Ao robô, ao humano ou à empresa que desenvolveu a máquina? Essa é outra pergunta complexa que Luca Schirru responde em Deu Tilt. “Os prompts que a gente dá para o sistema de inteligência artificial generativa são suficientes para justificar que eu sou autor daquilo que for gerado?”, pergunta para resumir a questão. Aí vai um spoiler para os ansiosos: Brasil, Estados Unidos e China possuem visões diferentes sobre a questão. Está em curso uma verdadeira batalha entre empresas que produzem conteúdo e aquelas que usufruem desse conteúdo para treinar suas inteligências artificiais. E o objetivo é claro: quem vai pagar a conta? O melhor exemplo é o New York Times, que processa a OpenAI, dona do ChatGPT, para impedi-la de usar artigos do jornal para treinar o bot. Isso levanta outra dúvida: pessoas comuns podem pleitear alguma remuneração das Big Techs? See omnystudio.com/listener for privacy information.
Voz clonada, Brasil líder em IA e R$ 15 bi: Tânia Cosentino, presidente da Microsoft, no Deu Tilt
08-10-2024
Voz clonada, Brasil líder em IA e R$ 15 bi: Tânia Cosentino, presidente da Microsoft, no Deu Tilt
Em evento em São Paulo que contou com a presença do CEO Satya Nadella e do vice-presidente do Brasil Geraldo Alckmin, a Microsoft anunciou investimento de quase R$ 15 bilhões no Brasil ao longo de três anos. Em entrevista exclusiva a Deu Til, a presidente da empresa no Brasil, Tânia Cosentino, explicou como o dinheiro será usado para ampliar a infraestrutura de data centers da empresa para atender as necessidades de inteligência artificial no país. Ela afirmou ainda que as instalações são coordenadas com consumo de energia renovável e de modo a não impactar a demanda de água na região. 'Brasil pode liderar a era de IA de baixo carbono', diz presidente da Microsoft. Tânia Cosentino afirmou ainda que trabalhadores que não se adaptarem às transformações podem ficar para trás. 'A obsolescência do humano existe', diz ela. Por outro lado, aqueles que se adaptarem, podem almejar empregos mais qualificados. ‘O grande problema não é o [emprego] que eu crio ou elimino, mas é como eu transformo o profissional para ele pegar um emprego de maior valor agregado', afirma. Além do investimento de R$ 15 bilhões em três anos no Brasil, a Microsoft anunciou ainda uma trilha de capacitação gratuita para IA que pretende formar 5 mil trabalhadores. A presidente da Microsoft no Brasil afirmou que a empresa é favorável a uma regulação de IA no país, sobretudo para usos inadequados de ferramentas inteligentes. 'Com apenas 3 segundos de áudio, eu copio a sua voz. E, com pouco mais de 10 segundos, eu copio a sua imagem. No meu tempo, falavam que tinha de ver para crer. Hoje, é melhor checar a fonte e mais de uma, porque você vai ver, vai ler e não pode crer', diz ela. Corintiana apaixonada, ela mesmo já teve a voz clonada com IA: "fizeram áudio 'toca no Calleri que é gol'. Isso é fake news". Tratando do espinhoso assunto do treinamento de IA feito com dados de pessoas comuns, Tânia diz que a Microsoft 'não usa dado de cliente para treinar IA, só dados públicos'. 'O dado é seu e, se eu quiser usar, eu tenho que pagar por ele', afirma ela.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Redes sociais, games e jogos de azar: apostas adoecem pessoas, e Brasil vai na contramão do mundo
24-09-2024
Redes sociais, games e jogos de azar: apostas adoecem pessoas, e Brasil vai na contramão do mundo
Redes sociais, games e agora casas de apostas. É difícil ligar o celular e não se deparar com alguma plataforma repleta de estímulos para atingir em cheio seu cérebro e manter você curtindo, jogando e apostando. Neste episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes recebem Rodrigo Machado, psiquiatra do Programa de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Machado conta como as redes sociais e games incorporaram mecanismos dos jogos de azar para fazer você perder mais tempo nelas –e eventualmente ficar viciado.  Quase 9% da população mundial já apresenta algum tipo de problema com vício em apostas. A partir de 2025, o Brasil vai legalizar centenas de casas de apostas. Será que o país está preparado para a grande quantidade de dependentes em jogo que vai surgir? “Nenhum país está preparado”, diz Machado. A intersecção entre redes sociais, games e jogos de azar é tão poderosa que cria uma nova geração de apostadores. O motivo? “Hoje em dia cada um tem seu cassino online na palma da mão por causa do smartphone”, diz Machado. Ele defende que influenciadores digitais fossem proibidos de promover apostas online. Também critica escolas que promovem o uso de smartphones, pois há pouca comprovação de que os aparelhos contribuem com o ensino, mas muitas evidências que mostram como ele atrapalha as capacidades cognitivas. 'Minha filha só vai ter smartphone com 14 anos', diz o psiquiatra.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Da exposição à exploração: rede social não é lugar de criança, mas elas estão lá
03-09-2024
Da exposição à exploração: rede social não é lugar de criança, mas elas estão lá
As redes sociais já existem há tempo suficiente para sabermos seus efeitos na nossa vida. Será? Ainda hoje descobrimos os efeitos dessas plataformas, do Tiktok ao Instagram, sobre adultos. Quando são crianças do outro lado da tela, porém, o buraco é mais embaixo. Nesse novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam com Maria Melo, coordenadora de programas do Instituto Alana, organização que atua na defesa e promoção dos direitos de crianças e adolescentes. Ela fala sobre uma infância cercada por telas e cujas informações são espremidas por redes sociais. Até os 11 anos, são 13 milhões de dados coletados. E o que elas as plataformas que sabem mais do seu filho do que você sabe delas? Primeiro, negam que há menores de 13 anos por lá. Depois, afirmam que cuidam dos que estão por lá. “Pais e mães ficam reféns. Famílias são o elo mais frágil”, diz Maria Melo. E ela conta o por quê. Em teoria, crianças não poderem usar redes sociais as impede de ser influenciadoras digitais. Na prática, o que se vê é um cenário diferente. Maria Melo fala que já encontrou crianças de 6 e 7 anos fazendo publicidade para o Jogo do Tigrinho, um popular game de cassino online. Como denunciar esse tipo de abuso não é possível, o instituto levou o caso ao Ministério Público. "Redes sociais não são meros túneis por onde circulam esses conteúdos; Elas modulam, moderam e direcionam esse conteúdo. Ampliam ou diminuem esse conteúdo dependendo de quanto dinheiro você coloca nelas. E precisam ser responsabilizadas por esse tipo de conteúdo", diz Maria Melo. O contato entre crianças e tecnologia é tão frequente que já produz consequências inusitadas. Uma pesquisa detectou que os baixinhos já confiam mais em robôs do que em humanos. Mas por que isso acontece?See omnystudio.com/listener for privacy information.