As principais bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quinta-feira no terreno negativo (exceção ao índice Hang Seng), enquanto os futuros avançam em Wall Street após uma previsão de vendas decepcionante da Nvidia, com os investidores voltando seu foco para a probabilidade de cortes nas taxas de juros.

As ações da Nvidia caíram mais de 5% nas negociações de pré-mercado dos EUA, depois que seu comunicado sugeriu um arrefecimento no frenesi da inteligência artificial. No segundo trimestre, a companhia registrou uma margem bruta de 75,7%, em comparação com uma estimativa média de 75,8%.

As ações da empresa com sede em Santa Clara, no estado norte-americano da Califórnia, foram reduzindo as perdas registradas logo após a divulgação dos números durante a madrugada. No ano, porém, acumulam alta de mais de 150%.

Investidores têm grandes expectativas em relação à fabricante de chips, após um aumento de mais de sete vezes no preço das ações da Nvidia nos últimos dois anos, tornando-a uma das maiores beneficiárias do rali de papeis vinculados à IA.

As bolsas de Wall Street fecharam em queda no pregão desta quarta-feira, com perdas nos setores de Tecnologia, Serviços ao consumidor e Óleo e Gás, levando as ações a uma baixa.

Por aqui, o Ibovespa reverteu as perdas da primeira parte do pregão e encerrou a quarta-feira em alta, superando os 137 mil pontos pela primeira vez após três tentativas falhas. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo avanço das blue chips Petrobras e Itaú Unibanco.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,42%, fechando aos 137.343,96 pontos, estabelecendo um novo recorde de encerramento. Durante o pregão, o índice atingiu 137.469,26 pontos na máxima, marcando um novo topo intradia. Os 137 mil pontos já haviam sido testados nas sessões de 21, 26 e 27 de agosto. O volume financeiro totalizou 19,78 bilhões de reais.

A tarde desta quarta-feira também foi marcada pelo anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicará Gabriel Galípolo para suceder Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central a partir de 2025.

Apesar do anúncio inesperado, Galípolo já era amplamente considerado no mercado e no governo como um nome sólido para assumir a liderança da autarquia.