Nós, seres humanos, não lidamos bem com o sofrimento. Nem o nosso e nem o do outro. Por isso, muitas vezes não sabemos como ajudar uma parente ou amiga que ficou viúva. O que fazer nos dias seguintes ao enterro? Como abordar quem está sofrendo a perda do amor da sua vida? "Não temos que incorrer no erro de achar que sabemos o que ela precisa. Ela também não sabe. Mostre que está disponível: 'eu tô aqui, no quê posso ajudar? Quer falar hoje? Quer uma comidinha? Posso ajudar de alguma forma prática", recomenda a psicóloga Gabriela Casellato, 50 anos, que tem doutorado em Psicologia Clínica pela PUC SP e é cofundadora, professora e supervisora do 4 Estações Instituto de Psicologia. Neste último episódio da temporada 13, também falamos sobre o que Gabriela chama de "lutos não reconhecidos", toda situação que envolve o rompimento de um vínculo significativo para a nossa vida, seja com uma pessoa, lugar ou função. Segundo a especialista, que tem vários livros lançados sobre o tema, a "vivência psicológica é a mesma, com agravo de que é um luto que a sociedade não reconhece". Para ela, o divórcio e a aposentadoria são exemplos deste tipo de luto.