Diplomatas

Teresa de Sousa e Carlos Gaspar com moderação de Ivo Neto

Para compreender um mundo em suspenso, “Diplomatas” é um podcast com Teresa de Sousa e Carlos Gaspar, numa parceria com o IPRI.

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Episódios

“Atentado em Moscovo é desastre político para Vladimir Putin”
28-03-2024
“Atentado em Moscovo é desastre político para Vladimir Putin”
Há uma semana, um atentado terrorista numa sala de espectáculos na cidade de Krasnogorsk, a pouco mais de 25 quilómetros do Kremlin, fez mais de 130 mortos. É o maior atentado terrorista na Rússia nos últimos 20 anos. O Daesh confirmou poucas horas depois a autoria do terrível ataque, colocou online imagens que demonstram a sua responsabilidade nesta autêntica carnificina, mas Vladimir Putin, que demorou largas horas a reagir a esta tragédia, aponta o dedo à Ucrânia e ao Ocidente, cujos responsáveis foram lestos a afastar qualquer responsabilidade no mesmo. Pode este atentado justificar uma nova onda de ataques russos na Ucrânia? Já na quarta-feira, Putin disse que não tinha intenções de atacar qualquer país da NATO, ressalvando que não tem a intenção de agredir a Polónia, os países do Báltico ou a República Checa. O que valem estas promessas do Presidente russo? Ao fim de seis meses de guerra, depois de várias tentativas, o Conselho de Segurança aprovou um cessar-fogo imediato em Gaza, com a importante mensagem da abstenção dos EUA. Está Netanyahu cada vez mais isolado? O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse, esta semana, que a China é a “maior ameaça estatal” ao Reino Unido. Londres acusa Pequim de uma série de ciberataques que decorreram em 2021 e que foram descobertos em Outubro. O regime chinês conseguiu chegar aos dados de 40 milhões de eleitores britânicos e, num outro incidente, aceder aos e-mails de 43 deputados e membros da Câmara dos Lordes conhecidos por defenderem políticas mais duras em relação a Pequim. Como se trava este tipo de guerras não cinéticas? Está o Ocidente preparado para travar Pequim?See omnystudio.com/listener for privacy information.
O que ganha a Rússia e o que perde a NATO com a fuga de informação na Alemanha?
08-03-2024
O que ganha a Rússia e o que perde a NATO com a fuga de informação na Alemanha?
Na semana passada, a directora do canal RT, muito próxima do Kremlin, divulgou uma gravação de 30 minutos de uma reunião entre quatro oficiais das Forças Armadas alemãs em que era discutida a possibilidade do envio dos mísseis Taurus para a Ucrânia, uma hipótese que Berlim tem rejeitado sistematicamente. Scholz reagiu logo no sábado, dizendo que a fuga era muito grave, e, já nesta semana, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, acusou a Rússia de estar a travar uma “guerra de informação” com a Alemanha. Que importância tem esta fuga, o que compromete e como é que isto acontece em sistemas tão avançados e supostamente tão seguros? A Comissão Europeia aprovou uma Estratégia Industrial de Defesa até 2030 com um programa de financiamento de 1,5 mil milhões de euros para acelerar a produção de armas. “Esta guerra mudou a forma como olhamos para a nossa política de defesa e as nossas capacidades militares”, disse Josep Borrell. Para onde caminha a Europa em termos de defesa e o que vai mudar na vida dos europeus? Donald Trump, sem surpresa, fica a sós na corrida à Casa Branca com Joe Biden. Nikkey Haley anunciou a desistência depois da "super-terça-feira". Venceu apenas as votações em dois estados e na terça-feira foi derrotada de forma muito clara pelo antigo Presidente dos EUA. A dúvida, como escreveu esta semana o nosso jornalista Alexandre Martins, é perceber se quem votou em Haley nestas primárias vai transferir o voto para Trump num cenário nacional contra Biden. Os apoiantes da antiga embaixadora dos EUA na ONU podem votar em Trump?See omnystudio.com/listener for privacy information.
“A Europa não consegue apoiar militarmente a Ucrânia sem os EUA”
09-02-2024
“A Europa não consegue apoiar militarmente a Ucrânia sem os EUA”
A poucas semanas de se marcar o segundo aniversário da guerra na Ucrânia, Volodymyr Zelensky​, o Presidente ucraniano, demitiu o comandante das Forças Armadas ucranianas, Valerii Zaluzhny, com quem tinha uma relação cada vez mais difícil. Para o seu lugar foi nomeado Oleksandr Syrskii, que era comandante das forças terrestres. A que se deve esta mudança e que imagem deixa nos parceiros externos? Os senadores do Partido Republicano chumbaram na quarta-feira uma iniciativa bipartidária para reformar as leis de asilo e reforçar a segurança na fronteira com o México, que incluía, como contrapartida, desbloquear um novo pacote de assistência à Ucrânia, mas também a Israel. O processo teima em arrastar-se e a Ucrânia já se ressente da falta de apoio. Pode a Europa ajudar a Ucrânia na ausência dos EUA? O Hamas respondeu a uma proposta de cessar-fogo com um plano próprio que apresenta um caminho para o fim da guerra na Faixa de Gaza. O Hamas compromete-se a libertar os reféns que mantém sequestrados desde 7 de Outubro desde que as forças israelitas se retirem totalmente do território. Do lado de Israel, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que a proposta "ilusória" do Hamas "conduzirá a um novo massacre e provocará uma grande tragédia em Israel que ninguém estará disposto a aceitar". Ainda assim, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que "ainda há espaço para um entendimento".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Viktor Orbán caiu na armadilha da cenoura e do cacete?
02-02-2024
Viktor Orbán caiu na armadilha da cenoura e do cacete?
Os chefes de Estado e Governo da União Europeia fecharam o acordo para apoiar a Ucrânia com 50 milhões de euros na resistência à invasão da Rússia. “Este acordo garante um financiamento estável, previsível e de longo prazo para a Ucrânia”, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. “Este é um bom dia para a Europa”, reagiu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Por seu lado, Viktor Órban foi obrigado a recuar na pressão que foi impondo nos últimos meses. O que significa esta mudança? Paralelamente, em França, e já com réplicas em vários países europeus – Portugal incluído –, os agricultores estão na rua. Para já, há uma vítima declarada: o acordo do Mercosul, com a morte a ser anunciada por Emmanuel Macron. Há também as importações da UE feitas à Ucrânia. O que se passa, afinal, em França e qual o risco de isto escalar para uma crise verdadeiramente europeia? “Não está em risco a legislatura, quando muito a amnistia”, dizem responsáveis do Governo espanhol depois de as negociações com o Junts, sobre a lei da amnistia, estarem travadas. Num artigo no jornal El País, o correspondente parlamentar Xosé Hermida diz que, apesar de a legislatura não estar tremida, pode “estar presa” por um fio. Num ano marcado por eleições um pouco por todo o mundo, até em Espanha, onde, por exemplo, a Galiza aqui ao lado vai a votos daqui a duas semanas, pode Espanha ser novamente chamada às urnas?See omnystudio.com/listener for privacy information.