Histórias para ouvir lavando louça

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Histórias reais, de gente como a gente, para você ouvir e se inspirar enquanto da uma geral na sua cozinha. Um podcast do ter.a.pia! read less
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O LUTO PELAS IRMÃS QUE NÃO CONHECI
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O LUTO PELAS IRMÃS QUE NÃO CONHECI
A Aline teve duas irmãs: a Mércia e a Márcia, e as duas morreram afogadas em um acidente quando foram à praia pela primeira vez. Tudo isso aconteceu antes da Aline nascer e, por conta disso, ela carregou uma enorme culpa ao longo da vida.  Antes de tudo acontecer, a mãe das meninas morava no Rio Grande do Norte e decidiu se mudar com o marido para São Paulo em busca de melhores condições de vida. Ela teve as duas primeiras filhas e após 15 anos morando em São Paulo, optou por voltar para o Rio Grande do Norte. Na época da mudança, Mércia e Márcia tinham respectivamente 14 e 11 anos. Assim que chegaram, as irmãs pediram para irem à praia. A mãe não pôde ir, mas permitiu que as filhas fossem acompanhadas de outros familiares. A praia era formada de muitas pedras e por falta de informação, as irmãs acabaram parando em uma área que impossibilitou a volta delas. Ao perceber o afogamento, o namorado da tia tentou salvá-las e também acabou falecendo no resgate.  Além da dor do luto, a mãe das meninas foi consumida pela culpa, ainda mais com o marido a culpando também. Enquanto tudo isso aconteceu, ele estava em São Paulo. Claro que tudo havia sido um acidente e não há culpados nessa história. Mas o pai da Aline não percebia que ele também não pôde ir à praia quando a tragédia aconteceu.  As meninas partiram em novembro de 1993. Em fevereiro, a mãe descobriu que estava grávida novamente. Poucos meses depois, nasceu a Aline. Por muitos anos, ela sentiu que sua vida servia para ocupar o vazio que as irmãs haviam deixado e isso fez com que ela carregasse uma enorme culpa. Além disso, ela diz ter tido uma infância mais restrita. Aline só soube dos detalhes do acidente na vida adulta. Embora ela soubesse que as irmãs tinham falecido em um afogamento, ninguém na família tocava no assunto. Por conta disso, hoje, ela entende a superproteção da mãe. A Aline só conseguiu ressignificar a culpa a partir do momento em que também se tornou mãe. Ela teve duas filhas e deu o nome de Mércia para a sua primeira filha, para homenagear a irmã que ela nunca conheceu. Conheça o trabalho da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático pela página deles no Instagram https://www.instagram.com/sobrasa/ Apoie o Histórias para ouvir lavando louça, acesse https://orelo.cc/historiasdeterapia e tenha acesso a conteúdos exclusivos. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠⁠⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo Voz da vinheta: Patrícia Rodrigues e Manu, apoiadoras na Orelo.
AS CONQUISTAS PARA UMA MULHER PRETA REALIZAR SEU SONHO
14-11-2023
AS CONQUISTAS PARA UMA MULHER PRETA REALIZAR SEU SONHO
A Rose percorreu um longo para ter mais dignidade e qualidade de vida. Ela é filha de nordestinos, preta, periférica e começou a trabalhar ainda aos 12 anos para ajudar em casa.  Mesmo com diversos obstáculos, ela se tornou enfermeira e hoje coordena a área de Enfermagem da ala pediátrica no Hospital do M’Boi Mirim, em São Paulo. A Rose nasceu em São Paulo e, durante a infância, se mudou para Pernambuco com os pais e os irmãos. Ela é a quinta irmã, de nove filhos. Ela voltou para São Paulo aos 10, e aos 12, começou a trabalhar na feira para ajudar a complementar a renda familiar e levar algumas frutas gratuitamente para casa. Foram 2 anos nessa rotina, até que ela pôde assinar a carteira de trabalho aos 14 anos.  Ela entrou em uma empresa de confecções, mas 6 meses depois de ter arrumado esse emprego, a mãe dela faleceu. Com a ausência da mãe, ela se sentiu ainda mais responsável por ajudar o pai viúvo a sustentar o restante da família. Aos 20, ela casou, teve a sua primeira filha, e em razão disso, decidiu voltar aos estudos. Na época, o marido (que agora é ex) não gostou do retorno aos estudos, no entanto ela seguiu independente da opinião dele. O casamento acabou logo quando ela estava no último ano de faculdade. Nisso, ela teve que equilibrar o tempo, o trabalho e o fato de ter se tornado mãe solo de duas filhas. Foram muitas adversidades até ela arrumar o primeiro emprego como enfermeira. Alguns anos depois, em 2008, ela entrou na instituição em que trabalha até hoje, se tornou líder da área e se sente muito realizada. Apesar da história da Rose ser muito bacana, é importante dizermos que também é uma exceção. De acordo com a Band News, mulheres negras representam apenas 3% das lideranças no Brasil.  A luta por mais políticas públicas continua e a Rose se considera uma vencedora.  O episódio de hoje é uma parceria editorial do ter.a.pia com o time de Diversidade e Inclusão do Hospital M’Boi Mirim. Vamos contar 4 histórias de funcionários do Hospital que integram grupos minorizados. Apoie o Histórias para ouvir lavando louça, acesse https://orelo.cc/historiasdeterapia e tenha acesso a conteúdos exclusivos. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠⁠⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo Voz da vinheta: Renata Ribeiro, apoiadora na Orelo.
MINHA MÃE ME ADOTOU MESMO SENDO FRUTO DE TRAIÇÃO
07-11-2023
MINHA MÃE ME ADOTOU MESMO SENDO FRUTO DE TRAIÇÃO
A Jussara foi entregue nos braços da mãe da adotiva dela aos 3 meses de idade. Ela foi fruto de uma traição do seu pai. Mesmo assim, a Dona Maria Inês, que é quem a adotou, não hesitou em ficar com ela e a amou até o seu último suspiro de vida. A Dona Maria Inês era casada com o pai biológico da Jussara, mas a própria Jussara descreve o pai como alguém que era infiel, agressivo e que enfrentava problemas com o álcool. Em algum momento, o pai teve um caso com a mãe biológica da Jussara, que acabou engravidando. Quando a Jussara nasceu e completou 3 meses de vida, a mãe biológica dela foi até à casa da Dona Maria Inês e do pai biológico para entregar a criança à ele. Foi a Dona Maria Inês que atendeu a porta. Nisso, ela teve dois choques: o de descobrir que havia sido traída, e que a traição havia gerado uma criança. Ainda que tudo isso tenha explodido no mesmo momento, ao olhar para a Jussara, a Dona Maria Inês compreendeu que a bebê não tinha culpa alguma no que havia acontecido. Devido a esse olhar de compaixão, a Dona Maria Inês decidiu ficar com a Jussara e registrá-la no cartório. A partir disso, mesmo que tenha lidado com maus comportamentos do pai, a Jussara teve uma vida bastante feliz. Além de dar amor e uma vida digna à filha, a Dona Maria Inês não titubeou em aceitá-la por completo. Isso porque, apesar de ser muito religiosa e seguir a doutrina evangélica, ela nunca virou as costas para a Jussara, que é uma mulher lésbica. Tanto a Dona Maria Inês, quanto a Jussara, presenciaram a Igreja que elas frequentavam pregando afirmações homofóbicas. Por conta disso, a história delas é uma prova de que o amor é capaz de vencer a desinformação, o preconceito e o ódio. A Dona Maria Inês faleceu em 2013, mas o laço de amor entre as duas é infinito. Durante o episódio, Jussara destaca que, no final, a ligação sanguínea é somente um detalhe e que ter nascido do coração de alguém é a melhor coisa que poderia ter acontecido. Apoie o Histórias para ouvir lavando louça, acesse https://orelo.cc/historiasdeterapia e tenha acesso a conteúdos exclusivos. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠⁠⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo Voz da vinheta: Renata Ribeiro, apoiadora na Orelo.
NINGUÉM VAI INVALIDAR NOSSO CASAMENTO
31-10-2023
NINGUÉM VAI INVALIDAR NOSSO CASAMENTO
Há 8 anos, a Thauana e a Aline se conheceram por meio de uma amiga e, em 2023, as duas se casaram com todo o apoio e acolhimento da família de ambos os lados. Mesmo com a ameaça de um projeto de lei que pretende proibir e anular casamentos homoafetivos. A Thauana e a Aline se beijaram pela primeira vez em uma festa e depois disso, a relação das duas floresceu naturalmente. Durante o episódio, a Thauana brinca sobre ser comum encontrar lésbicas que namoram e se casam rapidamente, mas que ela e a Aline fugiram um pouco dessa regra. Afinal, elas demoraram 8 anos para se casarem! O amor delas também germinou nas pessoas ao redor. Tanto a família da Thauana, quanto a da Aline, as respeitaram e apoiaram desde o início. Vale destacar que a mãe da Aline é bastante religiosa, e mesmo assim, está ao lado da filha. Isso só prova que o preconceito não está na religião, e sim, nas pessoas. O casamento emocionou a todas as pessoas que compareceram. Na cerimônia, a amiga que foi a celebrante fez questão de lembrar que todos estavam ali por amarem muito as duas e por festejarem o amor que existe entre elas. Por mais que pareça ser uma história comum, o amor da Thauana e da Aline tem muitos motivos para ser celebrado. Recentemente, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo. O projeto foi criado por um depurado pastor e recebeu 12 votos favoráveis. Ele ainda será analisado em outras comissões, mas caso seja aprovado, passará para o Senado. Mesmo que o projeto não seja aprovado pelas outras comissões, precisamos lembrar que a conquista de direitos não é permanente. Pessoas LGBTQIA+ sofrem ameaças aos direitos conquistados frequentemente. Existem milhares de pessoas LGBTQIA+ sendo reprimidas diariamente. Por isso, estamos aqui para lembrar que assim como a Thauana e a Aline, nós e toda a comunidade LGBTQIA+ existimos e resistimos! Ninguém vai nos tirar o direito de amarmos e sermos amados. TODA conquista deve e será comemorada! Assim como casamento da Thauana e da Aline.
DESCOBRI UM CÂNCER METASTÁTICO AOS 28 ANOS
24-10-2023
DESCOBRI UM CÂNCER METASTÁTICO AOS 28 ANOS
O Douglas descobriu um câncer metastático aos 28 anos e convive com a doença há 5 anos. Embora seja um diagnóstico difícil de ser enfrentado, ainda mais em uma pessoa jovem, ele não permite que a doença o impeça de viver. A descoberta aconteceu após ele ter tido uma queda e torcido o tornozelo. Ao fazer um tratamento de ligamento, ele constatou um caroço na perna e perguntou ao médico o que aquilo poderia ser.  Nisso, o ortopedista que fazia o acompanhamento o encaminhou para outros exames até que ele chegasse a um médico oncológico. Lá, ele fez uma biópsia e soube que estava com câncer metastático. A doença agiu de forma totalmente silenciosa. Mesmo assim, o Douglas se internou sozinho logo que recebeu o diagnóstico. Antes mesmo de ser diagnosticado, o Douglas contava com a espiritualidade na sua vida. Ele, que é adepto do Santo Daime, acredita que a doutrina o ajudou no enfrentamento do câncer.  Outro recurso que o Douglas pôde contar ao longo do tratamento foi conhecer Micaela, sua atual esposa. Eles se conectaram por conta da paixão pela música eletrônica e ela foi uma peça fundamental neste processo. O Douglas destaca que existe uma diferença bastante grande entre se relacionar com alguém e enfrentar alguma condição de saúde no meio desse relacionamento, e conhecer alguém após o diagnóstico.  É por esse motivo que a relação dos dois é tão valiosa para ele. Além disso, eles moram juntos há 3 anos.  Ele também comentou sobre não gostar que as pessoas sintam pena dele. Para exemplificar essa questão, o Douglas contou duas situações que ele viveu com outras duas pessoas que também vivem com o câncer e que relatam o mesmo incômodo. Apesar dele viver com a doença, ele considera que a vida é muito mais do que isso. Tanto o Douglas, quanto outras pessoas que estão na mesma situação, só querem viver e sonhar plenamente, independente do que esteja acontecendo. No final, o Douglas não se deixou abater pelo diagnóstico e ainda tem muita história pra viver! Apoie o Histórias para ouvir lavando louça, acesse https://orelo.cc/historiasdeterapia e tenha acesso a conteúdos exclusivos. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠⁠⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo Voz da vinheta: André Luiz, apoiador na Orelo.
NOVIDADES DO HISTÓRIAS PARA OUVIR LAVANDO LOUÇA
20-10-2023
NOVIDADES DO HISTÓRIAS PARA OUVIR LAVANDO LOUÇA
Agora você pode se tornar um apoiador do nosso podcast aqui pela Orelo! Todos os apoios fazem com que Alê e Lucas possam contar mais Histórias para ouvir lavando louça. - Toda terça tem história nova liberada para todo mundo; - Toda quarta tem história em versão estendida exclusiva para apoiadores; - A cada 15 dias tem episódio exclusivo para apoiadores com Alê e Lucas contando histórias pessoais, bastidores das gravações e mais! Confira os dois tipos de apoio que você pode fazer: R$ 15 - Apoiando nosso podcast nesta categoria você: - Participa do grupo do WhatsApp para apoiadores; - Tem acesso a histórias que ainda não foram ao ar em versão estendida (toda quarta); - Tem acesso ao episódio especial para apoiadores com histórias pessoais do Alê e do Lucas (a cada 15 dias); - Assiste aos vídeos do canal ter.a.pia com antecedência (link do vídeo no grupo do zap/mural da Orelo). R$ 30 ou mais Nesta categoria você: - Concorre semanalmente para ser a voz da vinheta apresentando o podcast; - Pode comentar as histórias e ter seu comentário no episódio; E também: - Participa do grupo do Whatsapp para apoiadores; - Tem acesso a histórias que ainda não foram ao ar em versão estendida (toda quarta); - Tem acesso ao episódio especial para apoiadores com histórias pessoais do Alê e do Lucas; - Assiste ao vídeo do canal ter.a.pia com antecedência (link do vídeo no grupo do zap/mural da Orelo). Vem fazer parte dos apoiadores do Histórias para ouvir lavando louça! O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠⁠⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo Voz da vinheta: Cris Crosta, apoiadora na Orelo.
A COCAÍNA ME FEZ TER UM SURTO PSICÓTICO
18-10-2023
A COCAÍNA ME FEZ TER UM SURTO PSICÓTICO
Não havia nada que indicasse que o Rafo poderia passar por algum episódio de sofrimento mental. Até que ele experimentou uma única vez a cocaína e o efeito desencadeou um surto psicótico. O Rafo é filho único e foi no intercâmbio que pôde ter liberdade muito maior do que estava acostumado. Ele sempre foi um cara regrado, tranquilo e até mesmo “careta”. Além disso, ele nunca havia tido evidências de qualquer transtorno mental. Um dia, após ter bebido numa festinha, um colega lhe ofereceu cocaína e ele aceitou. Depois de ter usado, o Rafo ficou sem dormir por 3 noites e os efeitos fizeram com que ele criasse alucinações e paranoias. Nisso, ele teve uma queda na imunidade, ficou com sintomas gripais e uma colega de quarto o medicou com um antigripal. Essa mistura piorou o quadro do Rafo, que por conta da paranoia achou que a moça havia o envenenado, e fez com que ele fosse internado em um hospital psiquiátrico. Depois de alguns dias internado, ainda no Canadá, o pai do Rafo foi buscá-lo e o trouxe de volta para o Brasil. Aqui o sofrimento do Rafo com o que estava passando durou bastante tempo por falta de acolhimento médico e de um diagnóstico. Alguns psiquiatras desenganaram o Rafo enquanto uma pessoa capaz de autonomia. Todos falavam que ele seria uma pessoa dependente por conta do quadro psicótico que a cocaína desencadeou nele. Mas a família do Rafo não desistiu dele e através de uma médica com uma abordagem humana, encontraram um tratamento efetivo. Hoje ele vive bem, tem sua autonomia, é professor universitário e convive bem com seu diagnóstico: transtorno esquizofreniforme, um quadro semelhante à esquizofrenia, mas com duração menor das crises. O Escritório das Nações Unidas publicou um relatório que diz que 284 milhões de pessoas usaram drogas em 2020. Além disso, o SUS registrou mais de 400 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas e álcool. Ainda que os números sejam alarmantes, devemos enfrentar o uso de substâncias como uma questão de saúde pública. Afinal, parte das pessoas que usam drogas buscam nelas um escape para algum problema que elas estejam enfrentando. O Rafo destaca que, independente do que você esteja passando, um momento ou uma condição não definem quem você é. Por isso, é importante ressaltarmos que uma pessoa em sofrimento mental não é necessariamente incapaz de viver plenamente. Romper o tabu sobre transtornos mentais, ter amparo das pessoas à sua volta, encontrar o diagnóstico e persistir no tratamento correto foram etapas fundamentais para que o Rafo pudesse viver de maneira independente e tranquila. Aqui você ouve e assiste as histórias que comentamos no episódio: Jéssica Tauane: https://www.youtube.com/watch?v=4ICqQEGSUS0 Gringo: https://open.spotify.com/episode/14SVp43lxjTvhRo8MbVBwP?si=aEbncOepQe6TK_SfAfCotQ Liane Pereira: https://open.spotify.com/episode/2RPUzZBFzTLAEpv5XLsBZY?si=38a4e5aef9944e0d "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠⁠⁠. Apoie o Histórias para ouvir lavando louça, acesse https://orelo.cc/historiasdeterapia e tenha acesso a conteúdos com antecedência e exclusivos. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
NÃO SABIAM LIDAR COM UM GAY NO TRABALHO
10-10-2023
NÃO SABIAM LIDAR COM UM GAY NO TRABALHO
O Hugo começou a vida profissional na área da construção civil aos 16 anos. Ele, que é um homem gay, sempre encarou a orientação sexual com tranquilidade, mas foi no trabalho que ele percebeu o quão presente a homofobia é na nossa sociedade. Em determinada época da vida, o @huugorodrigues enfrentou algumas situações delicadas dentro de casa e a tia dele o chamou para morar com ela. Nessa outra casa, o Hugo recebia bastante afeto da tia. Além do carinho, a tia o aceitava e disse uma frase que o marcou: ”O importante é que você se aceite e seja uma boa pessoa.”  Apesar do Hugo sempre ter se aceitado, ele não se sentia preparado para assumir a orientação sexual para as outras pessoas. Nesse sentido, a aceitação da tia o ajudou a abrir essa questão para todos à sua volta. Em meio a tudo isso, ele teve que lidar com o falecimento do pai. O Hugo achava que o pai nunca havia falado nada sobre a sexualidade dele, mas depois descobriu que o pai gostaria que ele achasse um “parceiro bacana” para compartilhar a vida. Ou seja, o pai não se importava com a orientação sexual do Hugo. Ali, ele percebeu que as pessoas mais importantes da vida dele só queriam que ele fosse feliz. A auto aceitação foi fundamental para o Hugo porque permitiu que ele vivesse experiências novas e o libertou para seguir adiante. Hoje em dia, ele vive com os seus bichinhos de estimação, que são 4 gatos e 4 cachorros (durante o episódio é possível escutar o ronco dos cachorros haha). Além de tudo isso, ele saiu da área que trabalhava e virou auxiliar de manutenção no Hospital M’Boi Mirim, que busca cuidar de todas as pessoas, sejam elas pacientes ou colaboradores. O episódio de hoje é uma parceria editorial do ter.a.pia com o time de Diversidade e Inclusão no Hospital M’Boi Mirim. Vamos contar 4 histórias de funcionários do Hospital que integram grupos minorizados. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠⁠⁠. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site ⁠⁠⁠⁠apoia.se/historiasdeterapia⁠⁠⁠⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
A CORAGEM DA MINHA MÃE DE DEIXAR EU CRESCER LONGE DELA
03-10-2023
A CORAGEM DA MINHA MÃE DE DEIXAR EU CRESCER LONGE DELA
Amar é fazer escolhas difíceis. Essa frase resume a história da Mary, que nasceu em um lar violento. Tão violento que sua mãe decidiu que o melhor para filha era crescer longe dela. A Mary passou por momentos complicados no início da sua infância. Seu lar era muito violento, sua mãe vivia em situação de violência constante. Por isso, pensando no que era melhor para a filha, a mãe da Mary permitiu que ela saísse de casa aos 4 anos de idade. Por um tempo, a mãe da Mary enfrentou um casamento abusivo e tentou se divorciar várias vezes, mas o marido sempre a impedia. Nisso, ela percebeu que fugir era a única maneira de se livrar desse relacionamento. Ela conseguiu um emprego como faxineira e se mudou de São Paulo para o Rio. Tempos mais tarde, ela pediu à patroa para que a Mary pudesse acompanhá-la nas jornadas de trabalho. Embora os patrões tivessem aceitado a ideia, eles se incomodavam com o fato da faxineira ter que dividir a atenção entre a filha e o trabalho. Essa situação chateou bastante a mãe da Mary, afinal, ela não tinha condições de deixar a filha em outros locais enquanto ela trabalhava. Na época, a mãe da Mary conheceu uma instituição que acolhia crianças em situação de vulnerabilidade fornecendo acesso à educação, moradia e alimentação, sem necessariamente cortar os laços familiares. Embora fosse difícil pensar em abrir mão da criação da filha, a mãe da Mary viu na instituição a oportunidade que ela mesma não teve ao longo da vida. Por esse motivo, ela escolheu deixar Mary na casa de apoio. A Mary recebia a visita da mãe mensalmente e voltava para casa nos períodos de férias escolares. Ela morou na casa de apoio dos 4 aos 18 anos e isso fez toda a diferença. Foi através desta oportunidade que ela pôde fazer escolhas durante a vida. Apesar da dificuldade de crescer longe da família, a Mary foi muito feliz com a escolha de sua mãe. As duas sempre quiseram estar mais próximas, mas ambas entendiam que a distância faria com que Mary pudesse ter uma vida melhor. Elas compreenderam que amar também é fazer escolhas difíceis. A história completa da Mary você ouve no podcast Histórias para ouvir lavando louça, disponível no nosso site historiasdeterapia.com/podcast. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠⁠. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site ⁠⁠⁠apoia.se/historiasdeterapia⁠⁠⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
MINHA MISSÃO É AJUDAR O PRÓXIMO
26-09-2023
MINHA MISSÃO É AJUDAR O PRÓXIMO
Faz 10 anos que a Renata sai pelas ruas perguntando a pessoas desconhecidas “O que eu posso fazer por você agora?”. Esse questionamento surgiu após ela refletir sobre qual era a sua missão no mundo e sobre que mundo ela deixaria para os filhos.  Lá atrás, a Renata contou sobre a sua ideia de ir às ruas para diversas pessoas ao seu redor, e com exceção de uma amiga, todas as pessoas acharam a ideia surreal. Ainda assim, ela seguiu em frente. No primeiro dia, ela encontrou uma mulher em um orelhão na rua e ao fazer a pergunta, a mulher desconhecida disse que estava fazendo aniversário. Ali, a Renata comprou um bolo e fez uma mini celebração para a mulher. Em uma outra ocasião, a Renata não tinha alimentos em casa e resolveu quebrar os cofrinhos dos próprios filhos para verificar quantas moedas eles tinham. Com aquele dinheiro, ela comprou alguns pacotes de biscoito e os dividiu entre a sua casa e um orfanato. A Renata acredita que a partilha é muito importante. Para exemplificar esse conceito, ela lembra a história de Jesus Cristo, que partilhou o pão ao invés de dividí-lo. Com isso, a Renata passou a conectar pessoas que precisavam de ajuda com outras pessoas que poderiam ajudá-las. Assim, surgiu o Instituto A Nossa Jornada, que ampara milhares de pessoas ao redor do mundo. A ajuda sempre parte da pergunta “o que eu posso fazer por você agora?”. A Renata destaca que seria simples oferecer suporte com base naquilo que achamos que as pessoas precisam, mas que nem sempre é assim. Ela acredita que oferecer o poder de escolha para as pessoas sem o olhar do julgamento é a coisa mais valiosa e genuína que você pode fazer por alguém.  Além disso, ela também nos disse que a verdadeira compaixão está no ato de se entregar para o outro e compreender que todos somos um. A Renata deu palestras e chegou a participar de um programa de televisão. Durante a participação, um historiador relembrou que São Francisco de Assis também fazia a mesma pergunta às pessoas. Hoje em dia, a Renata cuida das parcerias que a ONG tem. Por exemplo, o Instituto A Nossa Jornada já realizou ações com o Padre Júlio Lancellotti, com a Instituição Alok, entre outros. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠⁠. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site ⁠⁠⁠apoia.se/historiasdeterapia⁠⁠⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
MEU FILHO NASCEU UM ANO APÓS A MORTE DO MEU IRMÃO
19-09-2023
MEU FILHO NASCEU UM ANO APÓS A MORTE DO MEU IRMÃO
A Hosana perdeu seu irmão, o Orlando, para a leucemia. Durante o luto, ela descobriu que estava grávida. Na época, ela prometeu que o bebê teria o nome do irmão caso fosse um menino. Um ano e um dia após a partida do irmão, a Hosana deu à luz ao Orlandinho. A primeira vez que o Orlando recebeu o diagnóstico da leucemia foi em 2020 e, por isso, não pôde receber o apoio presencial dos familiares durante o tratamento por conta da pandemia. Ainda assim, ele se tratou e foi curado do câncer. Com a cura, o Orlando seguiu a vida: ele era professor de dança e fazia parte da comissão de frente da escola de samba Rosas de Ouro. Até que em 2022 algumas alterações apareceram nos exames dele. Era uma reicidiva. O Orlando não comunicou ninguém da família por receio de preocupá-los. A única pessoa que sabia dos riscos de volta do câncer era o seu marido. Um dia, a Hosanafoi tomar um café da manhã com o irmão, mas ela nem imaginava o que estava acontecendo. Ela não esperava que aquele seria o último momento que dividiria com o irmão. Orlando foi internado após fazer alguns exames e coisas escalonaram muito rápido em relação ao estado de saúde dele. Os médicos chamaram a família, que ficou surpresa com a informação, e infelizmente no mesmo dia o Orlando partiu. Enfrentar o luto foi bastante difícil. Na tentativa de encontrar conforto, a Hosana continuou enviando mensagens de texto para o irmão pelo Whatsapp. Três meses após a partida do irmão, ela descobre que estava grávida. Em uma das mensagens que ela enviou, ela prometeu que o bebê se chamaria Orlando caso fosse menino.  O Orlando faleceu no dia 14 de maio de 2022. No dia 15 de maio de 2023, o filho da Hosana nasceu. Ele carrega o nome do tio como forma de homenagem.  A Hosana viu o irmão pela última vez no dia 15 de maio de 2022, durante o sepultamento dele. Um ano depois, ela viu o Orlandinho, filho dela, pela primeira vez. Destino ou coincidência? O importante é que a memória do Orlando tio vai ser sempre lembrada com muito carinho. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠⁠historiasdeterapia.com⁠⁠. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site ⁠⁠apoia.se/historiasdeterapia⁠⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
EU SEMPRE FUI UMA MENINA
12-09-2023
EU SEMPRE FUI UMA MENINA
A Thalita é uma mulher trans, passou pelo processo de transição e enfrentou diversas dificuldades para ser aceita, especialmente no âmbito familiar. Por isso, ela tentou acabar com a própria vida e somente após esse episódio trágico, ela foi aceita pelos próprios pais. Desde a infância, a Thalita sempre soube que era diferente das outras pessoas que ela conhecia. Para ela, essas diferenças se tornaram nítidas quando ela perguntou à mãe se ela não poderia ser uma menina, aos 4 anos de idade.  A Thalita entendeu o que era ser uma mulher trans durante a puberdade. Devido a descoberta, ela tentou comunicar as suas necessidades aos pais, mas no caminho, se deparou com muita resistência da parte deles. Conforme o tempo passava, ela assistia o próprio corpo passar por mudanças que ela não desejava. Por não se sentir compreendida, a Thalita caiu em uma depressão profunda.  A partir de tudo isso, a Thalita tentou suicídio. Quando foi internada, o médico disse aos pais dela: “Ou vocês acolhem a sua filha trans, ou irão perdê-la.” Nisso, assim que ela acordou do coma, os pais passaram a tratá-la como mulher.  Apesar da transição de gênero não ter sido fácil, ela se deu conta que os pais dela estavam tentando respeitá-la e isso foi muito importante. Dessa maneira, ela juntou forças para lutar por respeito e dignidade.  Depois disso, ela se deparou com uma oportunidade como jovem aprendiz no Hospital Municipal M’Boi Mirim, em São Paulo. Ela transicionou, evoluiu profissionalmente e fugiu das estatísticas. A Thalita é uma mulher jovem, que está cursando uma faculdade e está sendo acolhida em uma empresa pública, que busca cuidar de todas as pessoas, sejam elas pacientes ou colaboradores. O episódio de hoje é uma parceria editorial com o time de Diversidade e Inclusão no Hospital M’Boi Mirim e nós contaremos 4 histórias de funcionários do Hospital que integram grupos minorizados. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse ⁠historiasdeterapia.com⁠. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site ⁠apoia.se/historiasdeterapia⁠. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
EX-MILITAR ENCONTRA NA ARTE A SAÍDA PARA A DEPRESSÃO
05-09-2023
EX-MILITAR ENCONTRA NA ARTE A SAÍDA PARA A DEPRESSÃO
O Robson serviu ao exército e trabalhou em fábricas. Após ter sido demitido um pouco antes da pandemia, ele entrou em uma depressão profunda e somente uma coisa o salvou: o artesanato.  Desde pequeno, o Robson gostava de observar as mulheres da família fazendo artesanato. Além disso, ele também se recorda de brincar de fazer pulseiras com fios de telefone enquanto era criança.  Contudo, como tudo não passava apenas de uma brincadeira, o Robson seguiu diferentes jornadas profissionais.  Quando ainda era jovem, ele entrou para o exército. Ali, o Robson aprendeu a tecer diversos tipos de nós e amarrações. Depois de 4 anos no exército, o Robson trabalhou em fábricas por mais de 15 anos. Porém, em 2019, houve uma demissão em massa e ele perdeu o emprego. Nisso, ele tentou vários outros trabalhos extras: abriu uma barraquinha de churrasco de rua, virou motorista de aplicativo, mas devido a pandemia, nada evoluiu. O desemprego e as dificuldades fizeram com que ele entrasse em depressão. Um dia, a esposa do Robson mostrou para ele uma peça de macramê, mas eles não tinham dinheiro para comprá-la. Por isso, ele decidiu fazer uma surpresa e confeccionou o artesanato. A esposa do Robson amou o presente e publicou uma foto nas redes sociais. Logo em seguida, as pessoas começaram a perguntar se eles vendiam aquele artesanato e sem pensar duas vezes, ela disse que sim! Desde então, o Robson se tornou artesão. Nesse caminho, o Robson ouviu milhares de críticas, incluindo de pessoas próximas a ele.  Os comentários de mal gosto o desmotivaram e ele cogitou desistir do artesanato.  Entretanto, foi o macramê que o tirou de uma crise financeira e o ajudou a superar o episódio depressivo. Por isso ele continuou e passou a incentivar a todos que gostaríam de seguir o mesmo percurso. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site apoia.se/historiasdeterapia. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
COGITEI A PROSTITUIÇÃO PARA PODER ESTUDAR
29-08-2023
COGITEI A PROSTITUIÇÃO PARA PODER ESTUDAR
Ruben é um jovem de Luanda, capital da Angola, e teve um de seus direitos mais básicos negado: o de estudar. Filho de pais alcóolatras, ele lidou com outros diversos obstáculos ao longo da sua vida. Mesmo com a falta de oportunidades, ele conseguiu concluir o ensino primário e hoje é formado em Psicologia Clínica. Ele cresceu em uma família de origem humilde e possui mais 6 irmãos. O a dependência química por parte dos pais acabou traçando um destino sem nenhuma estrutura ao Ruben e aos irmãos dele. Nem Ruben, nem os irmãos frequentaram a escolam, mas ele sonhava em estudar. Depois de ter visto que alguns jovens da idade dele estudavam, ele pediu para que esses colegas o ensinassem a ler e assim ele foi alfabetizado.  Assim como o Brasil, o sistema de ensino em Angola mescla instituições públicas e privadas. Por conta da colonização e da independência tardia, Angola passou por muita instabilidade em seu desenvolvimento e o país lida com uma enorme desigualdade social. O Ruben teve que desembolsar uma taxa para se matricular na escola e para pagar o que precisava, ele chegou a vender o único par de sandálias que ele tinha. Por conta da falta de estrutura financeira, ele estudou por 2 meses e logo em seguida, foi expulso por não poder financiar a sua jornada estudantil.  A caridade das pessoas foi o que ajudou o Ruben a retornar aos estudos. Porém, nem todos estavam interessados em ajudá-lo sem querer nada em troca: quando ele tinha 17 anos, um homem ofereceu dinheiro para que ele estudasse em troca de favores sexuais. Ele recusou, mas por conta de todas as dificuldades encontradas, o Ruben chegou a cogitar a prostituição para que pudesse continuar estudando. De acordo com a UNICEF, Angola possui uma parte de suas crianças fora do sistema escolar e sem concluir o ensino primário. Também vale ressaltar que a desigualdade de gênero é grande no país. Veja mais aqui.   Atualmente, o Ruben se formou em Psicologia Clínica. Ele espera que a história dele seja um exemplo a ser seguido e que outras pessoas acreditem que podem estudar e buscar melhores condições de vida. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site apoia.se/historiasdeterapia. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
EU SABIA QUE IRIA PERDER MINHA IRMÃ
22-08-2023
EU SABIA QUE IRIA PERDER MINHA IRMÃ
A Raisa e a Daniele são irmãs e sempre foram muito ligadas uma na outra. Mas Raisa, que é a mais velha, começou a pressentir que perderia a Dani… e infelizmente isso aconteceu.  Durante o ano anterior à partida da Daniele, a intuição da Raisa dizia algo. A Raisa nunca soube explicar a origem desse sentimento, mas estava certa de que sentia agonia quando o assunto era a sua irmã. Por conta dessa sensação, a Raisa passou a ser ainda mais carinhosa com a irmã. Ela pediu perdão por todas as brigas bobas da adolescência e a Daniele retribuía todo o afeto enviando mensagens de áudio dizendo que a amava todos os dias. Ainda que Daniele estivesse presente, a Raisa sentia que havia algo errado. Isso pode ter ocorrido pela Raisa ter abraçado a responsabilidade de proteger a irmã, ou por ter visto a Daniele encarar algumas barreiras ao longo da vida. Aos 6 anos, a Daniele foi diagnosticada com epilepsia. Embora seja uma condição conhecida, ela lidou com diversas situações preconceituosas, como ser demitida de um emprego após uma crise. A situação passou a afetar a saúde mental da Daniele. Por outro lado, a Daniele era faixa azul em jiu-jitsu e chegou a ganhar o primeiro lugar em um torneio no ano de 2015. Em 2016, o namorado estava preparando uma festa para celebrar as conquistas dela e a vida parecia estar fluindo normalmente. Ainda em 2016, a Dani tirou a própria vida e a perda súbita foi um grande choque para toda a família. Enfrentar o luto foi bastante difícil. Nos meses seguintes, a mãe das duas irmãs se tornou o pilar da família e, aos poucos, todos foram ressignificando as memórias. Depois de um tempo, a Daniele apareceu em um sonho da Raisa e disse: "Com você estarei sempre." Desde a partida da irmã, todo ano, no dia do aniversário dela, a Raisa compra flores e acende uma vela para celebrar a vida que a irmã teve. Elas sempre estarão ligadas uma na outra, seja onde for. Outras histórias que comentamos no episódio: História da Vivian: https://www.youtube.com/watch?v=XoSjCeh8wSQ História da Ofélia: https://www.youtube.com/watch?v=6mk4jdVFeAw História da Virag: https://open.spotify.com/episode/0FztogdVM3Mpq65Yjyrhf3?si=91a08e60674d430e História da Cibelle: https://open.spotify.com/episode/5wk9nbBpusXYVcYmnxMfBZ?si=GT5szSUaSu-eNMKQcF31kA "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site apoia.se/historiasdeterapia. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
4 IRMÃS CASARAM COM 4 IRMÃOS
15-08-2023
4 IRMÃS CASARAM COM 4 IRMÃOS
Você acredita em coincidência ou destino? A história deste episódio poderia ser uma de amor como qualquer outra, mas com um detalhe super significativo: quatro irmãs casaram com quatro irmãos e, no final, viraram uma grande família!  Para facilitar, vamos contar essa história por partes: as irmãs, que são de Minas Gerais, se chamam Cláudia, Silvana, Vilmena e Fátima. Já os irmãos são da Bahia e se chamam Idelson, Ivanilton, Ivonildo e Ivonaldo.  A Cláudia foi quem começou essa grande relação. Na época, ela era noiva de um rapaz e uma outra irmã dela, a Zara, namorava o Idelson. A Zara só tinha 16 anos e não queria mais estar naquela relação, por isso, pediu para que a Cláudia ligasse para o Idelson e a ajudasse a terminar o namoro.  A Cláudia topou ajudar a irmã e para a surpresa dela, o Idelson respondeu dizendo que era com a Cláudia que ele gostaria de ter namorado desde o começo. A Cláudia, por sua vez, achou tudo aquilo uma loucura e disse que estava noiva de outra pessoa. Porém, isso não foi o suficiente para impedir Idelson.  Ele paquerou a Cláudia por muito tempo até que ela se apaixonasse por ele. A partir dali, ela terminou o noivado dela, começou a namorar o Idelson e eles decidiram se casar.  Depois disso, um dos irmãos do Idelson, o Ivanilton, veio pra São Paulo e se apaixonou pela Silvana, outra irmã da Cláudia. Com a vinda para São Paulo, os irmãos decidiram abrir uma oficina mecânica e precisavam de mais gente para trabalhar lá. Nisso, surge o terceiro irmão, o Ivonaldo.  Quando o Ivonaldo chegou em São Paulo, não demorou muito para que ele se apaixonasse pela Fátima, uma das irmãs da Cláudia e da Silvana. Ao contrário das irmãs, a Fátima não se apaixonou rapidamente pelo Ivonaldo.  Com todo esse vínculo acontecendo, uma irmã dos rapazes também veio para São Paulo e trouxe uma fotografia de um outro irmão da família: Ivonildo. Nisso, a Vilmena, que é irmã das meninas e também estava em São Paulo, viu a foto e se apaixonou pela foto de Ivonildo. A Vilmena e o Ivonildo ficaram em um relacionamento à distância, enquanto a Cláudia e o Idelson, e a Silvana e o Ivanilton estavam firmes nas suas relações. Só a Fátima e o Ivonaldo que não estavam juntos, mas o Ivonaldo não estava preparado para desistir.  Tempos mais tarde, a Fátima pensou e decidiu entrar em um relacionamento com o Ivonaldo. Mas ela impôs uma condição: que eles se casassem junto de todas as outras irmãs dela, no mesmo dia e na mesma igreja. E foi isso que aconteceu!  Em 24 de abril de 1999, todos disseram sim! Cláudia e Idelson estão juntos há 35 anos; Silvana com Ivanilton, Vilmena com Ivonildo há 25; e Fátima com Ivonaldo há 23 anos. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site apoia.se/historiasdeterapia. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
A AMIGA DA FAMÍLIA ERA MINHA MÃE
08-08-2023
A AMIGA DA FAMÍLIA ERA MINHA MÃE
A Nagila foi criada pela Dona Maria e descobriu aos 17 anos que era filha biológica de uma outra mulher, amiga da família. Apesar do espanto, a descoberta trouxe conforto para Nagila, pois aora ela sabia o porquê de sempre ter amado tanto a Teresa, que é a sua mãe biológica. Nos anos 80, a Teresa engravidou de forma não planejada e o parceiro não quis assumir. Na época, ele até havia pedido para que a Teresa interrompesse a gravidez, mas ela não quis fazer isso e seguiu com a gestação. O período da gravidez foi bastante difícil. Por conta da falta de apoio, ninguém podia saber que a Teresa estava grávida. Nisso, a Dona Maria, mãe adotiva da Nagila, que era amiga de Teresa, se ofereceu para adotar a criança.  A Nagila foi adotada, mas sempre teve contato com a Teresa, sua mãe biológica, mas sem saber a verdade. Ela era uma amiga da família por quem a Nagila tinha muito afeto.  A Nagila relata que o amor que sentia pela Teresa era inigualável. Tanto nos momentos bons, quanto nos ruins, era para a Teresa que a Nagila corria.  Aos 17 anos, algumas pessoas da família resolveram contar que ela era adotada e sua mãe biológica era a Teresa. Apesar do choque da descoberta, a Nagila não questionou os motivos da adoção. Ela sentiu muita gratidão pela família adotiva. Nessa época, Nagila estava grávida e cinco meses depois de dar à luz ao seu fillho, a Dona Maria, sua mãe adotiva, faleceu devido a um câncer. Em seguida, a Teresa também acabou falecendo por conta de uma complicação nos rins.  A Nagila ficou com um sentimento doce e amargo ao mesmo tempo. Doce pois havia descoberto que o elo que havia entre ela e a Teresa era, na realidade, a conexão entre mãe e filha, e amargo por ter perdido as duas mães em um período super curto de tempo. Embora o luto tenha sido difícil, ela continuou cuidando do filho e seguindo com a própria vida. Hoje, ela lembra das duas mães com muito carinho e sabe que o amor que as une é incondicional.  "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site apoia.se/historiasdeterapia. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
A HISTÓRIA DO MEU PAI GAY
01-08-2023
A HISTÓRIA DO MEU PAI GAY
Após a separação dos seus pais na infância, Anahi descobriu que o pai dela, o Juan, era gay e HIV+. As duas revelações aconteceram entre o final da década de 80 e o início da de 90 e apesar dos tabus da época, a Anahi nunca teve problemas em aceitar o pai como ele era. A Anahi cresceu achando que o seu pai era um pouco diferente dos outros homens que ela conhecia. As diferenças entre o Juan e os outros homens que a Anahi conhecia eram sutis, porém, desde criança, ela percebia que havia algo incomum. Um dia, aos 9 anos de idade, a Anahi perguntou ao pai se ele era gay. O pai, por sua vez, ficou surpreso com a pergunta, mas após alguns segundos, respondeu com naturalidade que sim. E a Anahi compreendeu com a mesma simplicidade da resposta dada pelo pai. A relação dos dois floresceu a partir do momento em que ela soube quem o pai era. Contudo, tempos mais tarde, a Anahi também soube que o pai era HIV+. O pai da Anahi tinha bastante receio de que a filha se tornasse em um motivo de chacota por ele ser gay e por ser uma pessoa vivendo com HIV. Por isso, ele sempre pedia para que a Anahi não contasse esses detalhes da sua vida para ninguém. E assim, a vida seguiu. Aos 24 anos, a Anahi sentiu que precisava alcançar a própria independência: ela se mudou da Argentina para o Brasil, casou e engravidou do primeiro filho. E o pai dela veio ao Brasil para acompanhar o parto! A vida continuou seguindo para os dois: a Anahi estava vivendo aqui no Brasil, enquanto o Juan permanecia na Argentina. Quando ele fez 60 anos, a Anahi viajou para comparecer a uma comemoração de aniversário dele. Ali, ela viu o pai pela última vez. O segundo filho da Anahi nasceu exatamente 6 semanas depois da partida do Juan. Por conta da morte do pai, ela optou em voltar para a Argentina, embora ela já tivesse uma vida estruturada aqui no Brasil. Hoje, a Anahi honra a vida e a memória do pai ao viver com muito amor e intensidade. A escolha de contar a história do Juan no podcast é, inclusive, um ato de celebração à vida que ele viveu. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site apoia.se/historiasdeterapia. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo
NÃO MONOGAMIA: HÁ 10 ANOS O RELACIONAMENTO DELES FUNCIONA ASSIM
25-07-2023
NÃO MONOGAMIA: HÁ 10 ANOS O RELACIONAMENTO DELES FUNCIONA ASSIM
Namorar e ter outros namorados é possível? A Angélica e seu companheiro mostram que sim! Os dois estão em um relacionamento não-monogâmico há 10 anos e nesse meio tempo, tanto a Angélica quanto seu companheiro estiveram com outras pessoas. Apesar disso, os dois entendem que isso não afeta a relação deles e que não irão perder um ao outro. A Angélica e o parceiro se entendem como duas pessoas livres, sem sentimentos de posse de um pelo outro. Além de se relacionarem afetivamente, eles são melhores amigos e conversam sobre qualquer coisa. Mas, nem tudo são flores: lidar com o julgamento alheio também é bastante desafiador. A Angélica nos conta que muitas pessoas acreditam que eles são “cornos”, traidores ou que não se amam. O julgamento é ainda mais pesado para Angélica, afinal, ela é uma mulher que está desafiando tudo aquilo que consideramos normal em um relacionamento. Ainda que existam esses obstáculos, os dois optam por um relacionamento sem amarras e sem hipocrisia. A Angélica ressalta que você não deixa de amar o(a) seu parceiro(a) ao se permitir conhecer outras pessoas, pois existe espaço para vários tipos de relações. "A história do outro muda a gente", o primeiro livro do ter.a.pia está disponível para compra. Garanta o seu aqui: ⁠⁠https://amzn.to/3CGZkc5⁠⁠ O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com. Para entrar no grupo do Whatsapp e receber as histórias do canal e do podcast com antecedência, é só contribuir no site apoia.se/historiasdeterapia. Edição: Felipe Dantas Roteiro: Luigi Madormo