22-08-2024
Ele ficou 40 anos procurando a filha desaparecida
Frank ficou 40 anos sem saber onde sua filha estava. Aos 24 anos, ele teve um breve relacionamento com uma mulher, do qual nasceu sua filha. Frank registrou a menina e esteve presente durante os seis meses que pôde ficar com ela.
Recém-chegado do Rio Grande do Norte, ele morava em uma favela na Baixada Santista e ganhava pouco, mas isso não o impedia de aproveitar os passeios com sua filha pela cidade.
Quando a bebê tinha 6 meses, os avós maternos informaram a Frank que a mãe da criança se mudaria para o Sergipe com a filha. Frank aceitou a mudança, o combinado era manter contato.
No entanto, sua primeira tentativa de comunicação, com uma carta e um presente, não teve resposta. Ao longo dos anos, Frank continuou enviando cartas, mas todas voltavam.
Com a chegada da internet nos anos 2000, Frank começou a pedir ajuda aos colegas de trabalho que sabiam usar computadores para procurar por sua filha pelo nome do registro de nascimento. Ninguém conseguiu encontrá-la.
Ele até voltou ao cartório onde registrou a menina, mas descobriu que não haviam outros rastros do que aconteceu depois. A hipótese era que ela não existia mais com aquele nome.
A angústia de Frank persistiu por décadas. Em 2018, ele pediu ajuda à sua sobrinha, Daniele, recém-formada em Direito, para encontrar sua filha. Daniele usou todos os recursos disponíveis, mas sem sucesso.
Até que um dia, Frank lembrou de um documento original da mãe da menina, que ele havia guardado quando ela estava grávida e precisou usar seu plano de saúde.
Com essa pista, Daniele e seu esposo viajaram para a Bahia, onde localizaram a mãe da menina. Após muita insistência, ela revelou que havia trocado o nome da filha e que outro homem tinha assumido a paternidade.
No dia seguinte, Daniele encontrou a filha de Frank e, durante um jantar, revelou que ela era sua prima. Apesar do choque, foi um momento de grande emoção. Frank, embora não estivesse presente, participou da descoberta via chamada de vídeo.
Logo após esse reencontro, veio a pandemia. Frank e sua filha se comunicaram por vídeo chamadas durante dois anos. Para quem esperou 40 anos, dois anos a mais não foram tão difíceis. Finalmente, a filha de Frank veio para São Paulo e eles puderam se encontrar pessoalmente.
Depois de 40 anos de incertezas, Frank, agora com 73 anos, se sente completo e disposto a recuperar todo o tempo perdido com sua filha.
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