Peças Raras - 24h em sintonia com você

Peças Raras

O podcast Peças Raras foi criado em 2006 pelo professor e radialista Marcelo Abud. Áudios que contam a história do rádio e entrevistas com comunicadores são a base dos episódios. Aqui, vamos publicar alguns conteúdos que valem ser lembrados. Siga na sintonia! read less
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Episódios

#299 Maria Homem e o que é ser mãe (ou não querer ser) na modernidade
09-05-2024
#299 Maria Homem e o que é ser mãe (ou não querer ser) na modernidade
Maria Homem é mãe de um menino que atualmente está com 14 anos. Mesmo após a maternidade, a psicanalista continuou atuando como pesquisadora, professora, escritora e palestrante. De acordo com ela, a mulher do século 21 vive entre o desejo de liberdade de suas próprias escolhas e a expectativa de uma sociedade que ainda vê seu corpo como feito essencialmente para criar um outro ser. “Então a gente tem ou Eva pecadora, fonte da tentação, ou todas as santas, as mártires, Madre Teresa, aquelas que vão ser o protótipo da abnegação, do sofrimento, da alta dedicação aos filhos, à família, ao seu homem. É toda uma narrativa de sacrifício. Se ela, por acaso, não obedece a esse paradigma, ela é então culpada de ter prazer, culpada de gozar, de usufruir”, analisa. A psicanalista refuta uma ideia oriunda da cultura machista e de crenças da sociedade de que a mulher deve deixar sua feminilidade e projetos de lado, ao se tornar mãe.  “Eu quero poder pensar, falar, cantar, andar, fazer sexo, passear, ler, escrever, pintar e bordar. Então eu não posso viver com o ser grudado no meu peito e no meu colo - nem um, nem dois, nem três - o tempo inteiro. Por mais que a mim, pessoalmente, me dê muito prazer também a relação com os outros, mas também dizer, ‘ó, agora está bom’. Isso é um conflito diário, isso é uma batalha contínua”. Direito de escolha Maria Homem também avalia os avanços na sociedade atual. Apesar de ainda haver uma forte resistência à ideia da liberdade das mulheres sobre seus próprios corpos, ela aponta que hoje já há mais naturalidade para lidar com questões que podem envolver a frustração de ser mãe ou de movimentos daquelas que não desejam ser mães. “Eu não tenho dúvida de que essa é uma das grandes quebras muito recentes que a gente está vivendo. Isso é uma virada, sobretudo século 20/21, a ousadia de você dizer, por exemplo, ‘não estou feliz, isso é um saco, isso é fonte de angústia, tive depressão pós-parto’. É um tabu dizer isso, mas acho que já foi mais do que hoje. Tanto que a gente tem um movimento que tem nomes interessantes, né? Childless, Child free, ‘livres de criança’ ou ‘sem criança’”. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pecasraras/message
#296 Na Geral: 1º de abril e Zidane no Corinthians
30-03-2024
#296 Na Geral: 1º de abril e Zidane no Corinthians
Em 1951, o time do São Paulo parte para sua primeira excursão à Europa. Depois da estreia em 29 de março, a Rádio Record, que fazia a cobertura dos jogos por lá, anuncia uma partida que não estava programada. O tricolor paulista, de última hora, havia acertado um amistoso com o Milan. A partida aconteceria no San Siro. De acordo com o jornalista Alberto Helena Júnior, no blog de A Gazeta Esportiva, Geraldo José de Almeida, tricolor fanático, fica com a missão de irradiar o jogo. O resultado... Uma catástrofe: Milan 4 a 0! A torcida são-paulina no Brasil ouve tudo sem acreditar na tragédia que havia acabado de acontecer. Na mesma crônica escrita por Alberto Helena Jr., ele lembra que “Em seguida à transmissão da Rádio Record, vem o alívio - combinado com a indignação. Tudo não passa de uma pegadinha: era Primeiro de Abril de 1951, o tradicional Dia da Mentira”. Tudo isso que estou comentando até agora é apenas para valorizar uma das principais qualidades do rádio e do podcast, a de criar imaginação. E para mostrar que isso não é coisa de um tempo tão distante, vou compartilhar com você um momento que demonstrou mais uma vez a força do rádio e que aconteceu há exatos 15 anos.  Graças a um dos muitos ouvintes do programa Na Geral, Cássio Reis, que é fanático pela atração e grava todas as edições, e com a colaboração do Beto Hora, que solicitou esta gravação ao Cássio, você vai ouvir nesta edição uma verdadeira peça rara. O dia em que Zidane teria sido contratado para jogar no Corinthians. Eu aproveito para ressaltar, caso ainda não saiba, que o Na Geral, programa que foi imaginado há cerca de 25 anos e começou sua trajetória de sucesso na extinta Brasil 2000, está de volta. Desta vez pela Rádio 365. O programa pode ser acompanhado diariamente, entre 6 da tarde e 8 da noite, com reprise nas manhãs, também entre 6 e 8 horas. A qualidade de som dessa radioweb, a 365, é incrível e o programa está com menos interrupção do que nas rádios anteriores. Vale muito sintonizar! O que pode ser feito, por exemplo, pelo aplicativo da Rádio 365: https://radio365.com.br/aplicativos/ --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pecasraras/message
#295 Série Luz (Netflix): entrevista com o diretor Thiago Teitelroit 
27-03-2024
#295 Série Luz (Netflix): entrevista com o diretor Thiago Teitelroit
Neste episódio, acompanhe os bastidores da entrevista sobre a primeira "novela infantil" produzida para a Netflix, que realizei para o podcast do Instituto Claro (você pode conferir também o episódio de 8 minutos em https://www.institutoclaro.org.br/cidadania/nossas-novidades/podcasts/serie-luz-apresenta-os-saberes-da-cultura-indigena-ao-publico-infantojuvenil/). Luz abre caminho para séries infantojuvenis brasileiras na Netflix. Produzida pela Floresta, os 20 episódios da primeira temporada estão disponíveis na plataforma na plataforma de streaming desde o dia 7 de fevereiro.   Na trama, Luz (Marianna Santos) é uma menina órfã, criada desde bebê na comunidade Kaingang. Por isso, ela cresce em contato com saberes e valores indígenas. Ao completar nove anos, a menina descobre que é adotada, foge da aldeia e passa a viver em um internato. Com a nova turma na escola, Luz passa a buscar respostas sobre suas verdadeiras origens.  Essa procura é a motivação que permite à série abordar a cultura dos povos indígenas. De acordo com o diretor geral, Thiago Teitelroit, a meta é apresentar um tema de extrema relevância (cultura dos povos originários), sem subestimar a inteligência das crianças.   No elenco, além de crianças que estão tendo a primeira experiência como artistas, estão Mel Lisboa, Daniel Rocha, Celso Frateschi, Maurício Destri e Dandara Albuquerque.   --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pecasraras/message
#291 Interferência: Hélio Ribeiro e o Marco do Amanhã
01-03-2024
#291 Interferência: Hélio Ribeiro e o Marco do Amanhã
Relembre neste Interferência, de 08 de dezembro de 2012, um dos quadros criados e apresentados pelo saudoso Hélio Ribeiro. “Outro dia fiquei muito triste quando ouvi um tal de Hélio Ribeiro dizer que eu, o rádio, sou 'a maior oportunidade perdida de melhorar o mundo'. Eu sou apenas o instrumento.Eu preciso de gente que me entenda, me respeite e que me ajude a cumprir a minha missão. Ah, com alegria, muita alegria… Se possível.”Em meados da década de 70, quando era diretor e supervisor da Rádio Bandeirantes, Hélio Ribeiro cria o Marco do Amanhã. À meia-noite, uma mensagem de otimismo - para que o dia terminasse bem e o seguinte começasse ainda melhor - figurava nas aberturas das então chamadas Noites das Estações. A atração teve como apresentadoras Maria Aparecida Alves, Áurea Maria e Branca Amaral. O patrocínio era da Viação Cometa.Ouça o quadro Interferência com a reconstituição de um Marco do Amanhã, nas vozes de Marcelo Duarte e Silvania Alves. Os áudios contidos nesse "Interferência" são do acervo do Memorial Hélio Ribeiro: www.helioribeiro.com.brUsar o rádio para o teimoso trabalho de tentar melhorar o mundo. Essa foi a missão de José Magnoli, nome verdadeiro do radialista, jornalista, publicitário e narrador Hélio Ribeiro. Durante mais de três décadas, o comunicador leva inovação e originalidade, além da voz marcante, às mais importantes emissoras de São Paulo: Jovem Pan, Tupi, Globo, Difusora, Gazeta, Capital e Bandeirantes, na qual também foi correspondente nos Estados Unidos.O poder da mensagem do comunicador começa a ser transmitido ainda na década de 60, quando é aprovado por Blota Júnior para trabalhar na Rádio Panamericana, atual Jovem Pan. Mas é na década de 70, com as crônicas de opinião no Jornal do Meio Dia, da Rádio Bandeirantes, que se torna conhecido em todo o país. Hélio Ribeiro também ficou famoso por suas traduções livres de músicas estrangeiras para o português. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pecasraras/message
#290 Interferência: Hebe, a estrela que brilha!
22-02-2024
#290 Interferência: Hebe, a estrela que brilha!
Mais uma edição do Interferência, quadro que reconstituía programas de rádio que não existem mais. Este é de 6 de outubro de 2012. Naquele sábado, no "Você é Curioso?", da Rádio Bandeirantes, homenageamos Hebe Camargo e relembramos da fase da artista no rádio. Ouça o quadro, que relembra o programa Gente que Brilha, tradicional no rádio dos anos 50. Na sequência, de quebra, curta também o quadro Caçadores da Música Perdida, conduzido por Antonio Mier, que também se dedicou à fase em que Hebe era mais cantora do que apresentadora. Hebe Camargo se foi junto com um tempo em que eram comuns “amigos, tardes e petecas”. Recentemente, em texto sobre a telenovela no Brasil, o ator Lima Duarte escreveu sobre os amigos que se encontravam à tarde, no pátio da Rádio Tupi, no Sumaré em São Paulo. Corria o ano de 1948. Ele, Hebe Camargo, Lolita Rodrigues, Walter Forster, Heitor Andrade, Dionísio Azevedo, Ribeiro Filho e Osni Silva costumavam se reunir para jogar peteca, entre uma produção e outra, em um tempo em que o radioteatro era ao vivo e envolvia grandes elencos.Mas a brincadeira da turma foi interrompida, diante do anúncio da construção da primeira emissora de TV da América Latina naquele terreno. Hebe estava no lugar certo, na hora certa. Não apenas como coadjuvante. Em 1949, ela integra o grupo que vai ao Porto de Santos buscar os equipamentos que tornariam possível a primeira transmissão de TV. No dia da inauguração, em 18 de setembro de 1950, no entanto, ela – que cantaria o Hino da Televisão – prefere acompanhar seu namorado em outro evento e é substituída por aquela que se torna sua melhor amiga, Lolita Rodrigues.Mas Hebe queria mesmo é ser cantora e, já em 1943, com apenas 14 anos de idade, acompanha o pai, que vem a São Paulo integrar a Orquestra da Rádio Difusora. A estreia oficial, no entanto, acontece em 1944, quando imita Carmem Miranda no tradicional programa Clube do Papai Noel, atração que abria espaço para crianças demonstrarem seus talentos. Daí pra frente, forma o quarteto Dó-Ré-Mi-Fá e, em seguida, com a irmã Stella Monteiro, cria a dupla caipira Rosalinda e Florisbela. Ficaria consagrada como a estrelinha do samba e, mais tarde, como “a estrela de São Paulo”. Em paralelo à carreira de apresentadora, nunca deixou de cantar.Uma história que começou a quase 70 anos. Durante todo esse tempo, Hebe não saiu de cena e brilhou no rádio e na TV até virar uma estrela verdadeira na manhã do último sábado, 29 de setembro. Para homenagear a rainha da TV brasileira, vamos interferir na programação do rádio dos anos 50 e trazer de volta a magia das rainhas da música daquele tempo. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pecasraras/message
Especial: Videoclipe de ‘O Futuro que me Alcance’ vence m-v-f- awards 2023!
02-02-2024
Especial: Videoclipe de ‘O Futuro que me Alcance’ vence m-v-f- awards 2023!
Criação de Nat Grego para música de Reynaldo Bessa é escolhida pelo júri como ‘Melhor Animação Nacional’ Na noite desta terça, dia 30 de janeiro, o Cine Joia, na região central de São Paulo, foi palco da entrega da 11ª edição do Music Video Festival Awards, segmento competitivo do m-v-f- que reconhece e premia anualmente os melhores videoclipes e vídeos musicais nacionais e internacionais. A edição que elegeu os vencedores de 2023 contou com 26 categorias de premiação, sendo 4 delas definidas pelo voto do público. As demais escolhas foram feitas pelo júri especial. O videoclipe criado pela ilustradora Nat Grego para a faixa que dá título ao mais recente álbum do cantor e compositor Reynaldo Bessa, “O Futuro que me Alcance”, foi o premiado na categoria “melhor videoclipe de animação”, em que são levados em conta a técnica e a criatividade. Nesta edição, o júri técnico foi composto por Baloji, músico e diretor congolês, Targa Sahyoun, vice-presidente da Capitol Records, Fátima Pissarra, CEO da Mynd, Nídia Aranha, diretora criativa, Novíssimo Edgar, artista e diretor, além dos diretores de videoclipes Denis Cisma, Cris Streciwik, Remi D’Aguiar e Fernando Nogari. O videoclipe de “O Futuro que me Alcance” concorreu com outras 5 animações e pode ser conferido neste link. A ANIMAÇÃO O clipe de “O Futuro que me Alcance” foi lançado em 15 de janeiro de 2023 e traz a confluência poética entre o olhar de Nat e os acordes de Bessa. O entrosamento entre as ideias do poeta e a “fazedora de objetos poéticos”, como se autodefine Grego, é visível desde os primeiros acordes e imagens. “Sinto que o eu-lírico que Bessa criou está numa viagem dentro dele mesmo e foi essa experiência poético-existencial que tentei elaborar na animação. Ao interpretar a música, notei que surgiram mais perguntas do que respostas, e essa imprecisão também faz parte do clipe. A multiplicidade de identidades e a impermanência diante do tempo é uma das muitas questões do ser humano, e enquanto eu criava o clipe meditei muito sobre isso”, comenta Nat Grego. A animação foi feita numa técnica mista, com desenho tradicional e digital. O processo foi intenso: durante 6 meses a artista trabalhou na criação do roteiro, imagens, esboços e no storyboard do clipe. “Quando tudo estava mais encaminhado, comecei a animar e esse processo todo durou cerca de um ano e meio para que chegássemos no resultado que temos hoje”, completa. A composição transita entre o curso do que está por vir e o passado que habita em nós. Entre “aquilo e isso”, há a lacuna do tempo no presente. A verve poética de Bessa alcança o ápice em ideias que flutuam pela letra como “Vou na popa, vou de costas para a proa”. “É a forma poética que encontrei para representar a tentativa de lutar contra o inevitável futuro em que estamos mergulhados e a possibilidade que temos de mudar a rota durante o curso”, explica o artista potiguar. Natural de Mossoró, Bessa mora em São Paulo e tem colhido resultados com sua música e livros. Ficha Técnica O Futuro que me alcance (Reynaldo Bessa) Música: Voz e violão: Reynaldo Bessa Guitarras: Carlos Gadelha Baixo/sinth: Demétrius Carvalho Bateria: Marcos Maia Arranjo, gravação, mixagem e masterização: Caio Torrezan Produção Executiva: Andre Minnassian Videoclipe: Direção, animação e ilustração: Nat Grego Produção: Marcelo Abud --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pecasraras/message
#287 #HOJEPOD: Os Três Elementos e Turma do Banhado
23-12-2023
#287 #HOJEPOD: Os Três Elementos e Turma do Banhado
Nesta última edição da temporada, eu converso com Marcelo Duarte sobre dois destaques: o podcast de ciência Os Três Elementos (com participação de Carlos Ruas) e os episódios de Natal do infantil Turma do Banhado.   Os Três Elementos, um podcast de ciência!  Desde agosto, Os Três Elementos reúne um trio de mentes curiosas: Carlos Ruas, Emilio Garcia e Pirulla.     Carlos Ruas, com sua veia humorística e talento artístico, traz uma abordagem única aos conceitos científicos, tornando a ciência acessível a todas as pessoas, sem deixar de lado o entretenimento.   Emilio Garcia, um biólogo apaixonado por conhecimento e experimentos, está sempre em busca das mais intrigantes descobertas científicas, compartilhando histórias que desafiam nossa compreensão do mundo.   Pirulla, especialista em paleontologia, mergulha nas complexidades da natureza e dos fenômenos naturais, promovendo uma visão mais profunda sobre os mistérios da vida.   Juntos, os três elementos exploram os mais variados temas científicos e conversam com especialistas, pesquisadores e amigos, enriquecendo ainda mais essa jornada pelo conhecimento.   Produzido nos estúdios da TocaCast.   O episódio de apresentação foi publicado em 31de julho e tem 40 minutos! Os demais variam de 1h a 5h40min  Temas: Neurociência, Religião, vacinas, mudanças climáticas...    Imagina Só – Histórias para Crianças: Turma do Banhado Imagina Só é um podcast que traz histórias em áudio com objetivo de tirar as crianças da frente das telas e criar um ambiente acolhedor para ser compartilhado entre elas e adultos, sobretudo na hora de dormir.  As historinhas têm produção de alta qualidade, em estúdio, com vozes e efeitos sonoros que estimulam a imaginação.  É um podcast pensado para ser ouvido por crianças de 4 a 7 anos. Os criadores defendem que “a escuta ativa, sem estímulo visual, desenvolve a capacidade de foco, concentração e combate a ansiedade”    O Imagina Só conta com: produções originais, releitura de clássicos, biografias (Tarsila do Amaral e Thomas Edison, por exemplo) e temas do folclore (como Saci e Curupira)   O destaque desta conversa são os episódios de Natal com a Turma do Banhado. Publicados no final de dezembro, desde 2021, os episódios podem ser encontrados nas buscas do Google ou diretamente no Spotify. Basta pesquisar por Turma do Banhado / Natal (são os episódios 8 e 11 da Turma do Banhado).    Com duração média de 15 minutos, a Turma do Banhado é composta por animais da fauna brasileira que vivem neste tipo de região, formado por um ambiente úmido e com diversidade de fauna e flora...   A Turma do Banhado tem a Capivara Ani, a Garça Graça, o Tuco-tuco chamado Tuco , o Sapo Oswaldo, o Marreco Genésio e o Ratão Rodolfo. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pecasraras/message
#281 Interferência: Ary Silva, pioneiro nos esportes
07-12-2023
#281 Interferência: Ary Silva, pioneiro nos esportes
No início de julho de 2012, às vésperas dos Jogos Olímpicos em Londres, Interferência coloca a Bola ao Ar e dá voz a uma Crônica à Torcida Amiga, marca registrada do saudoso Ary Silva. Quem foi Ary Silva? Em 21 de junho de 1917 nasce Ary Silva, um jornalista responsável por grandes feitos para a crônica e para o esporte brasileiros. Antes de ficar conhecido pelas tradicionais Crônicas à Torcida Amiga, Ary teve uma trajetória repleta de pioneirismos. Em 1936, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, toma conhecimento de que a Philips recruta vendedores de rádio. Tenta, mas não obtém êxito na empreitada. No entanto, por sugestão do gerente de vendas, Nelson de Lorenzi, atleta do salto de vara, busca a sorte como repórter esportivo. Diante do Prof. Roberto Haddock Lobo, então chefe de esportes do Diário de São Paulo, antigo órgão dos Diários Associados de Assis Chateaubriand, consegue a primeira oportunidade. Com apenas 19 anos, é efetivado como repórter esportivo, em 1º de outubro de 1936, com um salário de 200 mil réis, um bom montante, equivalente a mais de 70.000 reais nos dias de hoje. Dá novos saltos na crônica esportiva com conquistas importantes. Ainda em 36, participa da cobertura dos jogos olímpicos de Berlim e dos primeiros jogos abertos do interior. Em 37, entra na luta como fundador do Sindicato dos Jornalistas; Em 38, cobre a concentração da seleção brasileira de futebol para a copa do mundo da França. Em 39, a convite de Otávio Gabus Mendes, forma o Departamento de Esportes da Rádio Bandeirantes. É quando dá o pontapé inicial para a trajetória das coberturas da emissora com o Bola ao Ar. Na mesma época, inova ao criar o primeiro programa esportivo feminino do rádio brasileiro: Eva no Esporte. Ary escreve crônicas como se fosse uma mulher falando de esportes e conta com a leitura e interpretação das radioatrizes da emissora. Uma delas: Maria Estela Barros.Em 1941, funda a ACEESP – Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo. Fica na Bandeirantes até 1947. Em 51, torna-se o primeiro comentarista da TV Brasileira, ao lado de Aurélio Campos, na Tupi. Em 58, a convite de Paulo Machado de Carvalho, integra a comissão que elabora o plano para a conquista da nossa primeira copa do mundo, na Suécia. Tinha orgulho de ter participado da fundação do jornal A Gazeta da Zona Norte, em 63, onde manteve uma coluna com o slogan dos tempos da Rádio Bandeirantes: “Torcida Amiga, bom dia”, até abril de 2001, quando morre em São Paulo. Foto do destaque: Ary Silva na Rádio Tupi, em 1954 (Acervo Gazeta da Zona Norte) --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pecasraras/message