Juros recorde nos EUA: alerta na economia

O Assunto

17-06-2022 • 23 min

Desde 1981, os americanos não sentiam na pele uma inflação tão alta, acima dos 8% ao ano. Uma reação colateral – e inesperada - à série de “pacotes fiscais substanciosos” que o presidente Joe Biden e seu antecessor Donald Trump despejaram para reanimar a economia. Neste episódio, Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, conversa com Julia Duailibi para descrever a sequência de “choques de demanda” que vêm impactando o mundo desde 2019: primeiro, a crise dos suínos na China; depois, a pandemia de Covid-19; e, por fim, a guerra na Ucrânia, “um dos celeiros de comida do mundo”. Os efeitos têm sido conhecidos no mundo todo, não só nos EUA, uma inflação generalizada, com destaque para os alimentos. O economista também explica que a contração monetária americana deve ajudar a segurar os preços, inclusive dos combustíveis, em todo o mundo, mas não de graça. “EUA crescendo menos é ruim para os emergentes”, afirma.