The peculiarities surrounding Belém, host city of the 30th United Nations Conference of the Parties (COP 30), should serve as attractions for hundreds of tourists who will visit the capital of Pará. During the two weeks of the mega-event, in 2025, the eyes of the world will be on the city. Whether for its cuisine, history, museums, islands, or for the importance the Amazon biome has been gaining in the international context, the metropolis will be in evidence for people from different countries. To serve this audience and, more than that, leave a legacy that transforms the lives of people in the region, it is necessary to overcome some obstacles. LIBERAL AMAZON Turismo na COP 30 precisa deixar legado estrutural, cultural e ambiental As peculiaridades que envolvem Belém, sede da 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP 30), devem servir de atrativos para centenas de turistas que vão visitar a capital do Pará. Durante os quinze dias do megaevento, em 2025, os olhos do mundo estarão voltados para a cidade. Seja pela culinária, pela história do local, museus, ilhas, ou pela própria importância que o bioma amazônico vem ganhando no contexto internacional, a metrópole estará em evidência para pessoas de diversos países. Para atender esse público e, mais que isso, deixar um legado que transforme a vida das pessoas da região, é necessário que alguns gargalos sejam consertados.

Social design and brand management enhance value of forest products The world is increasingly turning its attention to the Amazon. Whether for its climatic importance, the potential of its biodiversity, or a belated recognition of its traditional peoples, the region is a powerful symbol globally. According to researchers in the field, the Amazônia [Amazon] has become a brand that adds economic and symbolic value to products and services and builds consumer loyalty. Design social e gestão de marca valorizam produtos da floresta Cada vez mais, o mundo volta os olhares para a Amazônia. Seja pela importância climática, pelo potencial de sua biodiversidade ou por uma tardia valorização de seus povos tradicionais, a região é um símbolo poderoso em nível global. De acordo com pesquisadores da área, a Amazônia se converteu em uma marca, que agrega valor econômico e simbólico a produtos e serviços e fideliza consumidores.

In the middle of a pineapple plantation, there is a secondary education and youth/adult education (EJA) classroom. To teach his classes, math teacher Nic Júnior replaces the formality of the traditional method for rural pedagogy. Instead of blackboard and chalk, he uses pineapple ploughing, cassava flour manufacturing, fishing and other activities performed by communities in the rural area of the Marajó Archipelago to earn a living. Liberal Amazon watched one of the teacher's classes to better understand his method, based on the life and work in the Boa Vista quilombola ancestral community, in the town of Salvaterra. Professor usa a pedagogia do campo para ensinar matemática No meio do caminho da plantação de abacaxi tem uma sala de aula do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos (EJA). Para ministrar as aulas, o professor de matemática Nic Júnior troca a formalidade do método tradicional pela pedagogia do campo. No lugar da lousa e do giz, são utilizadas a lavoura de abacaxi, a fábrica de farinha, a pesca e outras atividades que garantem o sustento das comunidades da zona rural do Arquipélago do Marajó. O Liberal Amazon acompanhou uma aula do professor Nic Júnior para entender melhor o método ensinado, a partir da vida e do trabalho na comunidade ancestral quilombola Boa Vista, no município de Salvaterra.

A project enhances visibility to riverine people carpentry The styles, shapes, details, ideas, and knowledge produced by riverine carpenters from the islands of Pará are gaining prominence within the local and national markets. There are houses, restaurant structures, furniture, different types of braided roofs, and paintings that have a particular and unique touch by the residents of the region. Something that was previously unknown and retained on the banks of the river, today is seen as a way to ensure local development with income generation, visibility to art produced in the Amazon, and conservation of the environment. Projeto dá visibilidade à carpintaria de ribeirinhos Os estilos, formas, detalhes, ideias e saberes produzidos por carpinteiros ribeirinhos das ilhas do Pará, estão ganhando destaque dentro do mercado local e nacional. São casas, estruturas para abrigar restaurantes, móveis, tipos de trançados para telhados e pinturas que possuem um toque particular e único dos moradores da região. Assim, o que antes era desconhecido e retido às margens do rio, hoje é visto como uma forma de garantir desenvolvimento local com geração de renda, visibilidade à arte produzida na Amazônia e conservação do meio ambiente.

Amazon is the biome in Brazil with the fewest records of invasive alien species (IAS), whether animals or plants, making up the forest. The region has 80% remaining natural areas. This reality contrasts with that of the Atlantic Forest, which has only 12% to 28% of its original area. However, the environmental devastation caused by the current levels of deforestation underwent by the Amazon ecosystem has been an issue of concern by researchers. mazônia resiste ao cerco da vida que vem de fora A Amazônia é o bioma do Brasil que menos possui registro de espécies exóticas invasoras (EEIs), sejam animais ou plantas, compondo a floresta. A região tem 80% de áreas naturais remanescentes. A realidade contrasta com a Mata Atlântica, por exemplo, que apresenta apenas de 12% a 28% da área original. Entretanto, a devastação ambiental causada pelos atuais níveis de desmatamento que o ecossistema amazônico enfrenta tem sido alvo de preocupação de pesquisadores.

Signing an agreement to reinforce the bioeconomy in the Amazon and to strengthen ties with the region is one of the reasons for the visit to Brazil the French President Emmanuel Macron has already signaled for this year. The agenda is supposed to take place in Belém, capital of the state of Pará. The federal government says the meeting will take place on March 26 - although the French Embassy hasn’t yet announced the date officially. At the end of February, the state governor, Helder Barbalho, and the French ambassador, Emmanuel Lenain, met to discuss the meeting, which is part of the preparations for the 30th UN Conference on Climate Change (COP 30), which will take place in 2025 in Belém. Agenda diplomática prepara para a COP 30 A assinatura de um acordo para reforçar a bioeconomia na Amazônia e estreitar os laços com a região é um dos motivos da visita que o presidente da França, Emmanuel Macron, já sinalizou este ano para o Brasil. A agenda deve ocorrer em Belém, capital do Estado do Pará. O governo federal diz que o encontro será no dia 26 de março – embora a Embaixada da França ainda não tenha divulgado oficialmente uma data. No fim de fevereiro, o governador do estado, Helder Barbalho, e o embaixador francês, Emmanuel Lenain, estiveram reunidos para detalhar o encontro, que é parte dos preparativos para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorre em 2025 em Belém.

The success of social justice and environmental conservation in the Amazon is largely dependent on the land tenure challenge endured for centuries in the region. In total, the biome has 118 million hectares of public land without a precise destination – an equivalent area to France’s and Germany’s territories added together (the two largest countries in Europe). Of this total, around 59.5 million hectares – 50.4% – may be turned into protected areas. Regularização fundiária é chave para a preservação O sucesso da justiça social e da conservação ambiental na Amazônia está amplamente ligado ao desafio fundiário que, há séculos, está presente na região. Ao todo, o bioma possui 118 milhões de hectares de terras públicas sem uma destinação definida - o equivalente a uma França e uma Alemanha juntas, os dois maiores países da Europa. Desse total, cerca de 59,5 milhões de hectares, o equivalente a 50,4%, podem ser transformados em áreas protegidas.

The assertion that the Amazon only became urbanized after Europeans invaded the region in the 15th century is part of an increasingly outdated imaginary. Recent discoveries in Ecuador, a South American country that shares part of the Amazonian territory with eight other nations, indicate that the forest has a history of organizations and urban development dating back more than 2,500 years. And this is not the oldest record.

Marajó island, located in the state of Pará, Northern Brazil, is part of the world’s largest fluviomarine archipelago, bathed by rivers and the Atlantic Ocean. With 16 municipalities and an area of approximately 50,000 km², the region is larger than Rio de Janeiro and Espírito Santo territories. The place’s stunning natural beauty attracts the attention of tourists from the country and abroad, who experience unique contact with the Amazonian nature. Marajó has three major attractions: its paradisiacal beaches, the remarkable presence of buffaloes, and rich handicraft production. In contrast to its abundance, the place is one of the poorest in the country, and tourism is seen as one of the most viable alternatives to promote development and generate prosperity for its population. Turismo é opção de prosperidade para o deslumbrante Marajó A ilha do Marajó, localizada no estado do Pará, Norte do Brasil, faz parte do maior arquipélago fluviomarítimo do mundo, banhado por rios e pelo oceano Atlântico. Com 16 municípios e área de aproximadamente 50 mil km², a região é maior que os territórios do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. A deslumbrante beleza natural do local atrai a atenção de turistas do País e do exterior, que a experiência única do contato com a natureza amazônica. O Marajó tem três grandes atrativos: suas praias paradisíacas, a presença marcante dos búfalos e de um rico artesanato. Em contraste às suas abundâncias, o lugar é um dos mais pobres do País, e o turismo é visto como uma das alternativas mais viáveis para se promover o desenvolvimento e gerar prosperidade para a sua população.

Long distances, isolated areas, difficult access, precarious communication and legal gaps that still await the presence of security forces, justice and public authorities in a more effective way. This is the scenario found by the organized crime when it settles in the corners of the Amazon. And on the routes established for illegal activities, organized crime joins environmental crimes seeking ways to act where the State cannot easily reach. Due to these peculiarities, there is a consensus among state public security authorities that the combat actions in the Amazon region is different from that experienced in other parts of Brazil. The costs are infinitely higher and so are the operational difficulties. Even on different fronts, forces are increasingly seeking integration, whether at the state or federal level, to try to put together a strategy to combat crime in the largest region of Brazil. Security bases integrating different bodies, equipment and differentiated and advanced technologies are some of the measures adopted.

Brazil is the largest country in South America, with an impressive area of 8,514,004 km². This giant nation also covers the largest portion of one of the most important biomes on the planet: the Amazon. It covers 6.7 million km², 60.1% of which belongs to the Brazilian territory. All this geographic grandeur is, today, well delimited by 16,886 kilometers of borders. What few people know is that these limits represent the result of the work of men and women who ventured into the most challenging terrains to demarcate the national territory. It is the effort of the members of Primeira Comissão Demarcadora de Limites (PCDL) [First Limits Demarcation Commission]. PCDL is a body linked to the Ministério das Relações Exteriores (MRE) [Ministry of Foreign Affairs], headquartered in Belém, capital of Pará, created in 1928 to undertake the challenge of demarcating the borders in the North of Brazil. LIBERAL AMAZON: Desbravadores desenharam Amazônia Brasileira O Brasil é o maior país da América do Sul, com impressionantes 8.514.004 km². O gigante também abarca a maior porção de um dos biomas mais importantes do planeta: a Amazônia. São 6,7 milhões de km², sendo 60,1% pertencentes ao território brasileiro. Toda essa grandiosidade geográfica é, hoje, bem delimitada por 16.886 quilômetros de fronteiras. O que pouca gente sabe é que esses limites são fruto do trabalho de homens e mulheres que se aventuraram nos mais desafiadores terrenos para demarcar o território nacional. É o trabalho dos integrantes da Primeira Comissão Demarcadora de Limites (PCDL). A PCDL é um órgão ligado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), com sede em Belém, capital do Pará, criado em 1928 para empreender o desafio de demarcar as fronteiras ao Norte do Brasil.

Family production model becomes an alternative for sustainable development in the Amazon region Putting a sustainable production model into practice, with the potential to feed the more than 1.3 million inhabitants of Belém, one of the main metropolises in the Amazon, has become a reality. Urban and peri-urban agriculture, carried out on the outskirts of cities, correspond to a set of techniques involving the cultivation of vegetables and fruits, and animal husbandry in large centers. The practice has been developed around the world for several years. However, in the capital of Pará, researchers claim that the activity, which began to gain prominence from the 1970s onwards, has become a great ally in reducing the effects of climate change - in addition to contributing as an effective solution to combating food insecurity and the economic deficits found in the region.

Even though it generates renewable energy, Amazon region has almost a million people living without electricity.

If you are reading this article in the printed newspaper, under the light of a lamp, or in the digital version, on a computer screen, you are not part of the more than one million people in the Legal Amazon (1,154,916, in exact numbers) who do not have any access to electricity, according to data from the Ministry of Mines and Energy. In Pará, data shows that 709,196 people live under these conditions. To tackle the problem, a project proposed by the Federal University of Pará (UFPA) has been a real ‘light at the end of the tunnel’, providing clean energy to riverside communities near Belém. For at least six years, the project of “Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Alternativas Energéticas” (Gedae) [Group of Study and Development of Energy Alternatives] at UFPA has been working on the capture, storage and distribution of photovoltaic energy on “Ilha das Onças”, a location that belongs to the municipality of Barcarena, in the Northeast of Pará state, and about 30 minutes from the capital by river. Most of the approximately 30,000 families living there do not have any access to electricity via public distribution system, and depend on private solutions to obtain energy, such as the use of diesel or gasoline generators. In addition to being expensive, these resources are polluters and can affect local biodiversit

UFRA researcher explains how ancient culture that gained strength in the hands of forest people can be a solution to challenges imposed by dietary restrictions in Brazil

Combining science and traditional knowledge, study fronts in Architecture, urbanism and other areas advance in the search for solutions for constructions and basic plans against historical problems in the region

To survey all sorts of forest life, scientists developed techniques, methodologies and new technologies, increasingly digital ones, to enhance data about known living beings on the planet.Liberal Amazon: Ciência aperta passo para catalogar a biodiversidadePara saber o que há de vida dentro de florestas, cientistas desenvolveram técnicas, metodologias e novas tecnologias, cada vez mais digitais, para aumentar a lista dos seres vivos conhecidos no planeta.

After years of negotiations with communities located in the railway's influence zones, the final design promises to get off the ground and boost exports of mineral and agribusiness products from the region to the world, connecting the south of Pará to the closest port to the States United States, Europe and Asia

Exercise with 300 US military personnel and another 1,200 from the Brazilian Army across two states in northern Brazil reaffirms the importance of the forest in relations between the two countries and signals possible joint troop operations in the region.

Uma peculiar aliança da natureza volta a ganhar atenção e vem transformando a produção do açaí na Amazônia: a presença de abelhas nas áreas onde açaizais se multiplicam vem garantindo até 40% a mais em produtividade -, o que demonstra a força da economia da floresta em pé e da sua sustentabilidade, quando se garante a atenção às riquezas das relações da biodiversidade e às caraterísticas dos ciclos do bioma amazônico. O açaí está no auge de sua popularidade mundial. Não faltam compradores e os produtores, ano após ano, vêm sendo desafiados a buscar técnicas e alternativas para garantir cada vez mais ganhos às safras. No Pará, estado responsável por mais de 90% da produção do Brasil, mais de 1,5 milhão de toneladas foram produzidas apenas 2022, estimam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É nesse contexto que pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) vêm desempenhando um importante papel, ao incentivarem produtores a conciliar a criação de abelhas ao plantio e colheitas nos açaizais. E a atenção maior vem sendo dada às espécies sem ferrão.