Neste episódio estaremos dando sequência na nossa discussão sobre carreira. Nosso enfoque será em profissões em que se convive com o crime e com a morte. Freud (1930) nos adverte de que a atividade humana percorre duas direções: a busca pelo prazer e a evitação do sofrimento. Em consonância, Dejours (2012) aponta que trabalhar pressupõe a vivência de prazer e a vivência de sofrimento. Dejours também ressalta que trabalhadores, comumente, fazem uso de estratégias de defesa com intuito de minimizar ou negar a percepção daquilo que faz sofrer no trabalho. Para o autor, com o tempo essas estratégias tendem a se esgotar e, com isso, pode emergir sofrimento patogênico. Você já parou para pensar em como se dão essas vivências em profissões que convivem com o crime e com a morte? Será que para lidar com tais circunstâncias faz-se uso de estratégias defensivas? Para discutirmos esses e outros questionamentos contamos com companhia de Msc. Arthur William Alvarenga, Perito Criminal do Estado de São Paulo.