Em Freud, observamos o “amor” – Eros em grego e Liebe em alemão – em uma perspectiva ampliada. Amor como o cantado pelos poetas, amor para fim de união sexual. Amor que não se separa do amor a si, ao outro, entre os seres humanos em geral. Amor entre pais e filhos, amizade e, a dedicação a objetos concretos e ideias abstratas. Todavia, segundo o autor, a psicanálise não inovou ao tratar o amor dessa forma “ampliada”, pois, tanto o Eros de Platão quanto o que o apóstolo Paulo descreve em sua carta aos Coríntios sobre amor, o compreendem no mesmo sentido “ampliado”. Em Lacan, observamos que apesar de o amor não ser tema de um de seus seminários, ele perpassa toda sua obra. Para nos aprofundarmos nessa discussão, contamos com a companhia de Humberto Júnior, psicanalista e graduado em psicologia.