Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência é caracterizada como uso intencional de força física ou de poder, através de ameaça ou da prática da violência em si, contra si ou contra um outro, que resulta em sofrimento, morte, dor, danos psicológicos, dentre outras consequências.
Neste grande contexto em que se insere a violência, há o auto abuso, caracterizado por atos violentos contra si, sendo a automutilação um de seus exemplos. Em uma compreensão próxima da psicanálise, é possível que se entenda a autolesão como algo relacionado com a produção de atos que produzem respostas contra a angústia que não consegue ser simbolizada, conduzindo o sujeito a recorrer ao corpo como fonte de alívio da angústia.
Nesse sentido, as mutilações (ou marcas corporais) podem ser compreendidas, então, como balizas identitárias; não apenas como uma metáfora para o sentimento, mas também como uma forma de inscrever os limites na pele, a fim de reorganizar o sujeito.
Para discutirmos esse tema, contamos com a companhia da psicóloga e psicanalista Msc. Thais Leite.