Pauta Pública

Agência Pública

O Pauta Pública é um podcast semanal produzido pela Agência Pública que traz conversas para entender estes tempos tão complexos. Conduzido pelas jornalistas Andrea Dip e Clarissa Levy, o tema da quarta temporada é "Conversas que não podemos mais adiar". Nos tocadores toda sexta, bem cedo. read less
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Denúncias de assédio e fim do silêncio: o Caso Boaventura - com Mariama Correia
Há 4 dias
Denúncias de assédio e fim do silêncio: o Caso Boaventura - com Mariama Correia
Pela primeira vez, pesquisadoras reunidas em um coletivo internacional, relatam publicamente violências e assédios que teriam sofrido do renomado professor e sociólogo Boaventura de Sousa Santos, ex-professor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em Portugal. Até agora, elas  mantinham suas identidades e histórias em anonimato, mas resolveram quebrar o silêncio para que os comportamentos impróprios que atribuem ao professor não sejam normalizados.  Os relatos das vítimas - muitas brasileiras - descrevem também um ambiente tóxico, de medo e silenciamento dentro da Universidade. Esses relatos são um novo capítulo desta história que vem sendo acompanhada pela jornalista Mariama Correia em matérias disponíveis neste texto de publicação. Neste episódio do Pauta Pública, Mariama retorna ao programa para contar detalhes dessa apuração, o que se sabe sobre o caso e a jornada das denunciantes desde as primeiras acusações até decidirem quebrar o silêncio. Leia as matérias do caso:​​https://apublica.org/2024/05/pesquisadoras-deixam-anonimato-e-contam-que-sofreram-assedio-de-boaventura-de-sousa-santos/https://apublica.org/2023/04/coletivo-de-mulheres-faz-novas-denuncias-de-assedio-sexual-de-boaventura/https://apublica.org/2023/04/deputada-brasileira-denuncia-assedio-sexual-de-boaventura-durante-doutorado/Carta do escritório de defesa de Boaventura:https://apublica.org/wp-content/uploads/2024/05/Outro-lado_Sete-pesquisadoras-deixam-anonimato-e-denunciam-assedios-de-Boaventura-de-Sousa-Santos.pdf Não esqueça de seguir e curtir o Pauta Pública nas plataformas de áudio.Disponível em Amazon Music, Apple Podcasts, Castbox, Deezer, Google Podcasts, Spotify ou no seu tocador favorito.Ajude a Pública a investigar os negócios de Elon Musk no Brasil. Apoie Agora
Morte e vida Javari | O primeiro massacre
05-06-2024
Morte e vida Javari | O primeiro massacre
O Vale do Javari, na floresta amazônica, é um lugar pouco conhecido. Ele ganhou destaque no noticiário em 2022, quando foram assassinados o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips. Muita coisa aconteceu antes e depois desse crime que chocou o país. Para investigar o passado e o presente da região, o jornalista Rubens Valente e o documentarista José Medeiros vão até a região que guarda diversas histórias que reflete a ocupação de várias outras partes do país.Neste primeiro episódio, o Primeiro Massacre, regasta uma expedição comandada por Barão de Teffé, um oficial da Marinha Brasileira que teve grande destaque durante a Guerra do Paraguai. O ano é 1874, quando o Barão foi designado para comandar uma expedição com o objetivo de descobrir a nascente do rio Javari em uma remota área do território amazônico. No caminho, ele encontraria a tenaz resistência dos indígenas que já habitavam na região. Agora, 150 anos depois, a construção da memória de Teffé como um herói intocável precisa ser urgentemente reinterpretada.Equipe do episódioReportagem: Rubens Valente e José MedeirosCaptação de som direto: José MedeirosProdução e pesquisa de arquivo: Clarissa Levy e Stela DiogoRoteiro: Rubens ValenteRevisão de roteiro: Clarissa Levy e Stela DiogoNarração: Rubens Valente e Ricardo TertoEdição de som, mixagem, composição de trilha sonora e finalização: Ricardo Terto Artes: Auá MendesCoordenação geral: Thiago Domenici
Massacre de Paraisópolis, a espera pela justiça - com Desirée Azevedo
17-05-2024
Massacre de Paraisópolis, a espera pela justiça - com Desirée Azevedo
Em dezembro de 2019, ocorreu o baile funk DZ7 na comunidade de Paraisópolis, São Paulo, com um público estimado entre 5 mil e 8 mil pessoas. Durante o evento, uma ação da polícia militar, conhecida como "Operação Pancadão", que visava reprimir festas de baile funk pela cidade, resultou na morte de nove jovens.Na época, a polícia justificou a operação violenta alegando que estavam perseguindo suspeitos que teriam entrado na festa em motos e que depois teriam sido atacados pela multidão com pedras e garrafas. Inicialmente, a polícia divulgou que a morte dos adolescentes foi por pisoteamento, no que seria uma fatalidade decorrente da confusão.No entanto, a Defensoria Pública, juntamente com o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo (CAAF - Unifesp) reconstitui a sequência de acontecimentos da noite em um trabalho minucioso de análise que acabou desconstruindo a versão inicial da PM. O relatório revelou que o que ocorreu foi um cerco aos participantes do baile. Graças a este relatório, o Ministério Público de São Paulo indiciou 13 policiais, 12 por homicídio doloso qualificado e por expor pessoas ao perigo ao soltar explosivos.O Pauta conversa com a antropóloga e pesquisadora Desirée Azevedo, que conta detalhes sobre o trabalho realizado e discute as controvérsias envolvidas no caso. A criminalização da cultura periférica negra e a metodologia de violência policial são elementos que compõem o cenário do massacre de Paraisópolis e outras operações violentas das polícias em territórios periféricos. O programa também conta com a participação de Maria Cristina Quirino, mãe de Denys Henrique Quirino, morto aos 16 anos neste caso que não pode ser esquecido.
Indígenas isolados e de recente contato - com Antenor Vaz
03-05-2024
Indígenas isolados e de recente contato - com Antenor Vaz
Entre os dias 22 e 26 de abril, representantes de centenas de grupos indígenas de todo o país acamparam na Esplanada dos Ministérios no vigésimo Acampamento Terra Livre, cujo mote foi  "Nosso marco é ancestral, sempre estivemos aqui". Para além da agenda de discussões e reivindicações trazidas no evento, a frase "sempre estivemos aqui" assinala a extensão de todo um mundo indígena do qual pessoas não indígenas sabem muito pouco. E isso inclui um grande número de indígenas isolados ou de recente contato que vivem hoje no país. De acordo com a Funai, existem registros de 114 grupos isolados no Brasil, em sua maioria localizados na Amazônia Legal. Ainda que optem pelo isolamento, esses grupos seguem submetidos a diversas ameaças que adentram seus territórios através do garimpo, da exploração madeireira, da grilagem de terras, da criação de gado, da caça e pesca ilegais. Para trazer uma panorama sobre a situação dos grupos isolados do país, os riscos que enfrentam e que tipo de proteções precisam, o Pauta Pública recebe Antenor Vaz. Físico, educador e indigenista, Antenor Vaz atuou nas políticas públicas para indígenas isolados e de recente contato pela Funai desde 1987. Foi coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari, entre 2006 e 2007 e atualmente é Consultor internacional para metodologias e políticas de proteção aos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato.
O atraso na política de drogas no Brasil - com Ingrid Farias
26-04-2024
O atraso na política de drogas no Brasil - com Ingrid Farias
No dia 16 de abril o Senado aprovou em segundo turno com gritantes 52 votos a favor e 9 contra,  a Proposta de Emenda à Constituição que criminaliza o porte e a posse de drogas independente da quantidade. A legislação brasileira vai  na contramão de um movimento internacional de repensar as políticas antidrogas. Um detalhe importante para entender o que está em jogo com essa proposta é que essa PEC não estabelece qual a quantidade que separa usuário de traficante, deixando a cargo da avaliação subjetiva da justiça. Uma matéria de 2019 da Agência Pública conta que em São Paulo pessoas negras são mais condenadas por tráfico com menos quantidade de drogas.  O que essa nova PEC faz, portanto, é oficializar o caráter explicitamente racista da política antidrogas, que envolve desde quem é abordado pela polícia a quem é mais punido pela justiça. Para falar sobre isso o Pauta recebe neste episódio Ingrid Farias, fundadora da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas, a RENFA. A Ingrid é Especialista em política de drogas redução de danos e participação política na América Latina e conversa com Andrea Dip e Clarissa Levy sobre os impactos caso essa PEC avance o que ela representa e também que caminhos mais interessantes o Brasil poderia escolher que vá para além do discurso punitivista e do aparato de repressão das polícias.  Não esqueça de seguir e curtir o Pauta Pública nas plataformas de áudio.Disponível em Amazon Music, Apple Podcasts, Castbox, Deezer, Google Podcasts, Spotify ou no seu tocador favorito.====PARCERIA RÁDIO GUARDA CHUVA Conheça o podcast Cirandeiras. Quem faz o Pauta: Apresentação: Andrea Dip e Clarissa LevyProdução: Ricardo TertoApoio de produção: Stela DiogoPauta e Entrevista: Andrea Dip e Clarissa LevyRoteiro, Edição e Mixagem Final: Ricardo TertoArtes e ID Visual: Tayná GonçalvesCoordenação de Redes Sociais: Ravi SpreiznerChamadas e teasers: Breno AndreataTrilha original composta por: Pedro Vituri contato: podcasts@apublica.org
Milícia e Estado, é só o começo? - com José Cláudio Souza Alves
05-04-2024
Milícia e Estado, é só o começo? - com José Cláudio Souza Alves
“É o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Sem eles, você não vai montar a milícia.”Dia 24 de março a Polícia Federal prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão, além do seu irmão o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão e o ex-chefe da polícia civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, acusados de encomendar e articular a morte de Marielle Franco e atrapalhar as investigações do caso. A motivação, segundo a PF, seria uma disputa política por um terreno no RJ, localizado em área dominada por milícias. Para o convidado do Pauta dessa semana essa resposta é incompleta. O sociólogo José Cláudio Souza Alves é um dos grandes estudiosos do tema e há mais de 30 pesquisas sobre o surgimento e expansão das milícias. Nesta conversa com Andrea Dip e Clarissa Levy, José Cláudio detalha quais elementos são necessários para a implantação deste tipo de crime em um território e como o poder do Estado se torna imprescindível para sua organização e crescimento. Para ele, ainda estamos no começo da relação entre milícia e Estado, que remete à própria história do país e que ainda estamos distantes de compreender em toda sua complexidade.    Não esqueça de seguir e curtir o Pauta Pública nas plataformas de áudio.Disponível em Amazon Music, Apple Podcasts, Castbox, Deezer, Google Podcasts, Spotify ou no seu tocador favorito.====PARCERIA RÁDIO GUARDA CHUVAConheça o podcast Finitude     ==== Quem faz o Pauta: Apresentação:  Andrea Dip e Clarissa Levy||Produção: Ricardo Terto || Apoio de produção: Stela DiogoPauta e Entrevista: Andrea Dip e Clarissa Levy ||Roteiro, Edição e Mixagem Final: Ricardo Terto ||Artes e ID Visual: Tayná Gonçalves ||Coordenação de Redes Sociais: Ravi Spreizner ||Chamadas e teasers: Breno Andreata ||Trilha original composta por Pedro Vituri contato: podcasts@apublica.org
Golpe 60 anos, o militarismo de ontem e hoje-  com Celso Castro
29-03-2024
Golpe 60 anos, o militarismo de ontem e hoje- com Celso Castro
A derrubada do Presidente João Goulart, articulada pela Força Militar, entre 31 de março e 2 de abril de 1964  marca o início do Golpe Civil-Militar ou Ditadura Militar no Brasil. Com a justificativa de ser uma espécie de "governo de transição" temporário para um retorno à normalidade, o intervenção foi o início de um regime marcado por violência, torturas, perseguição política e mortes, que durou 21 anos. Muito tempo.A retomada da democracia se deu a partir do que se comprovou ser um acordo frágil de silêncio e impunidade. Mas familiares de desaparecidos, vítimas de violência e grupos da sociedade civil rejeitaram esse pacto e ao longo dos governos democráticos que sucederam a ditadura, houve diversos tipos de atos em homenagem às vítimas desse período sombrio da história do Brasil. Buscando para além da memória, a reparação. No aniversário de 60 anos do golpe, no entanto, ocorre uma surpresa,  o presidente Lula decide ordenar o cancelamento, oficialmente, de atos em memória dos mortos e desaparecidos da Ditadura, que seriam realizados pelos ministérios da Cidadania e da Defesa. Segundo o Presidente é uma tentativa de evitar confrontos com os militares diante do avanço das investigações sobre articulação golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.Será que estamos mesmo superando o passado, ou nos condenando a repetí-lo?Neste episódio especial e com uma abertura diferente, o Pauta traz uma entrevista gravada há alguns meses. Natalia Viana e Guilherme Amado entrevistam o diretor da Escola de Ciências Sociais da FGV, Celso Castro. Antropólogo, historiador, escritor e pesquisador, Celso é um dos nomes mais importantes do país no estudo dos militares e nessa conversa detalha, para além dos eventos recentes, a ideologia militar que é de onde vingaram os planos de rupturas democráticas. Como é construída essa doutrina e como caminhamos para esse momento em que os militares retornaram à política, dessa vez entranhados em governos democraticamente eleitos. Vamos entender um pouco mais sobre o militarismo de ontem e hoje.
Governo e congresso: o cabo de guerra do orçamento - com Mateus Vargas
15-03-2024
Governo e congresso: o cabo de guerra do orçamento - com Mateus Vargas
O controle do congresso sobre o orçamento é um processo que vem acontecendo de forma impositiva e pode comprometer o futuro do país. Desde que o Orçamento Impositivo foi instituído em 2015 pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o jogo da governabilidade deu um giro no Brasil, inaugurando uma nova era política no país.Mais tarde, no governo Bolsonaro, com as emendas do relator, apelidadas de Orçamento Secreto, a Câmara centralizou um poder inédito que deu a Arthur Lira status de um dos homens mais poderosos da política. Ainda que as Emendas do Relator tenham sido suspensas pelo STF em novembro de 2021, hoje o legislativo concentra boa parte do poder sobre os recursos do orçamento para interesses que muitas vezes não se alinham com o projeto político do governo, levando à chamada governabilidade a uma encruzilhada. Essa disputa impacta como políticas públicas são aplicadas ou negligenciadas em áreas como Saúde, Educação, Segurança e Meio-ambiente e são especialmente decisivas em um ano eleitoral. Mas como funciona esse jogo político complexo e quais as possibilidades do governo para manobrar diante do poder cada vez maior da Câmara e, por consequência, do chamado centrão?Para tentar entender um pouco mais sobre o cabo de guerra do orçamento entre o governo e o Congresso, o Pauta recebe o jornalista Mateus Vargas. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mateus já passou por veículos como o Estado de S. Paulo e pelos sites JOTA e Poder360 e atualmente escreve para a Folha de S. Paulo.Para saber mais: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/02/congresso-controla-ao-menos-30-da-verba-de-[…]l?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=comptwhttps://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/03/saude-aumenta-teto-para-emendas-e-tenta-aliviar-pressao-do-congresso.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa