Geração 70

Bernardo Ferrão

Não é um podcast de política ou de economia, nem de artes ou ciência. É uma conversa solta com os protagonistas de hoje que nasceram na década de 70. A geração que está aos comandos do país ou a caminho. Aqui falamos de expectativas e frustrações. De sonhos concretizados e dos que se perderam. Um retrato na primeira pessoa sobre a indelével passagem do tempo, uma viagem dos anos 70 até aos nossos dias conduzida por Bernardo Ferrão.

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João Costa: “Tinha duas colegas com 14 anos que se prostituíam e amigos que não comiam e viviam em barracas; cresci irritado por ter privilégios”
26-06-2024
João Costa: “Tinha duas colegas com 14 anos que se prostituíam e amigos que não comiam e viviam em barracas; cresci irritado por ter privilégios”
Cresceu em Setúbal, vivia com os pais, os três irmãos e a avó, mas nasceu em Lisboa, em novembro de 1972, porque o pai era "alfacinha de gema". Depois da Revolução, o país ficou “demasiado frágil” e viu a “miséria” à porta de casa. “Tinha amigos que não tinham casa, viviam em barracas. Tinha duas colegas de turma que aos 14 anos prostituíam-se”. Teve uma infância e vida privilegiadas, mas as desigualdades sempre o incomodaram. Desde pequeno que quis ser professor, não gostava de jogar à bola na rua e no Verão ia com a mãe, professora, para a escola ajudá-la a fazer turmas. É escuteiro desde os 9 anos e fez teatro em criança. Hoje é professor catedrático de Linguística, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, mas nos últimos oito anos fez parte do Governo de António Costa. Veio da academia, não tem nenhum "passado político" e não foi para a política por vaidade. "Se quisesse popularidade não tinha sido Ministro da Educação". João Costa é o novo convidado do Geração 70. Esta é uma conversa conduzida por Bernardo Ferrão sobre a infância, vida e carreira do ex-ministro e sobre o papel dos professores, alunos e pais hoje nas escolas. “Ser pai não me dá o direito de negar ao meu filho o acesso à informação. A disciplina de cidadania pode ser comparada ao português ou à matemática: é informação”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Episódio especial ao vivo com Pedro Nuno Santos: “A minha maior desilusão é o país ainda não ter conseguido reduzir de forma drástica o número de pobres. É o maior fracasso da nossa democracia e temos de tentar resolver isso nos próximos anos”
05-01-2024
Episódio especial ao vivo com Pedro Nuno Santos: “A minha maior desilusão é o país ainda não ter conseguido reduzir de forma drástica o número de pobres. É o maior fracasso da nossa democracia e temos de tentar resolver isso nos próximos anos”
Pedro Nuno Santos, líder do PS e que quer ser o próximo primeiro-ministro, nasceu em São João da Madeira em abril de 1977. Deu cedo nas vistas no mundo da política. Começou na associação de estudantes, passou pela JS onde se filiou com 14 anos, foi vereador, deputado e governante. Assumidamente de esquerda, foi crítico da terceira via, herdou aliás do pai, empresário, esse lado mais ideológico e de combate. A mãe era mais conservadora. Faz questão de se apresentar como neto de sapateiro, mas já se passeou de Porsche. Em tempos esteve a marimbar-se para a dívida, mas também está na fotografia do primeiro superavit da democracia. Depois foi a tap, o whatsapp de Alexandra Reis, a habitação e agora os CTT. Cicatrizes que carrega para o seu mais importante desafio: se chegar ao lugar de António Costa diz agora é que é: quer fazer algo decente e de jeito pelo país e pelas pessoas. “Havia sempre muita política em minha casa”. Sobre o passado de José Sócrates e António Costa no PS e os planos de futuro ao lado de Galamba, prefere olhar para o dia de hoje: "cada coisa no seu tempo", diz. Oiça aqui o episódio especial ao vivo no Festival de Podcasts do ExpressoSee omnystudio.com/listener for privacy information.