Eduardo Romero de Oliveira, professor na Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, no câmpus de Assis, e dos programas de pós graduação em História Social, também no câmpus de Assis,e de Arquitetura e Urbanismo, em Bauru, conversa sobre o Patrimônio ferroviário do estado de São Paulo.Em outubro deste ano, durante as obras de construção de uma ponte sobre o rio Tietê,ligando o bairro de Pirituba à Lapa, na capital paulista, trabalhadores encontraram um trementerrado na área onde fica o canteiro de obras. Especialistas afirmaram que esse entulhopode se tratar, na verdade, dos restos de uma das primeiras locomotivas a rodarem no Estado de São Paulo, e que teria por volta de 160 anos. Estimativa preliminar do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan,afirma que a descoberta deve ter relação com um centro de manutenção e reparo ferroviárioque existiu no local no final do século 19. O achado, além de um curioso episódio de arqueologia ferroviária paulista, também remeteao papel central que as ferrovias tiveram na história e no desenvolvimento do estado de São Paulo.