“A sombra” é um conto misterioso de Coelho Neto (1864-1934) que versa sobre a loucura ao inserir a importância "científica" no nosso cotidiano. Narra a história do médico e cientista Avelar, que matou a esposa “envenenada" por bacilos nocivos à saúde, até que adoecesse e sucumbisse. A motivação, contudo, veio do mundo moral: “o tal micróbio do ciúme. Porque há também micróbios no mundo moral, oh! se os há! São as tais palavras vagas que nos entram n'alma e lá se desenvolvem e proliferam em desconfianças”, justifica-se o personagem. A história é narrada pelo amigo que o visita no Quartel da Brigada e, à medida que se desenrola, mais vai colocando o leitor no papel de detetive. O viés do Naturalismo foi, de fato, o que marcou o início das histórias policiais de Poe, Conan Doyle e Jacques Futrelle. Em 1928, Coelho Neto foi consagrado como “Príncipe dos Prosadores Brasileiros”, escreveu mais de cem livros e aproximadamente 650 contos. Dono de um rico e esplêndido vocabulário deixou-se dominar pela palavra. Sua inclusão entre os pré-modernistas se deve à capacidade imaginadora, à mente intuitiva, que ora se aproxima dos naturalistas, ora se liga aos parnasianos-realistas, ora documenta fatos da República através de uma criação ficcionista vigorosa. Boa leitura!
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