“Flanando por Londres” (1927) é um ensaio de Virginia Woolf (1882-1941) que, a exemplo de Mrs. Dalloway, onde o pretexto da personagem é sair comprar as flores e - desse portal, viver um fluxo de consciência um dia inteiro ao ponto de virar um emblemático romance da autora inglesa - aqui, a “desculpa" é sair comprar um lápis. O ensaio-conto está no livro O Sol e o Peixe, no capítulo do meio II. A Rua e a Casa. Esse livro é traduzido no Brasil por Tomaz Tadeu e os ensaios são inteligentemente divididos em três blocos, sendo ainda o I.A vida e a arte e o III.O Olho e a mente – cada bloco comporta três textos. Flanar é caminhar sem destino certo. Verbo inexistente em língua inglesa. O título original de Virginia é Street Haunting: a London Adventure”, publicado na Yale Review em outubro de 1927. Aportuguesada por ser muito bem-usada por João do Rio, que flanava pelo Rio de Janeiro para descrever A Alma Encantadora das Ruas, o termo ficou famoso na França do século XIX, com Baudelaire. Ela vaticina, a melhor época para flanar por Londres é o inverno e o melhor horário, entre 16h e 18h, para curtir o entardecer e a chegada da noite. É um ensaio em primeira do plural: “vamos lá, comprar um lápis”. O texto pode ser um passeio meticuloso por Londres, mas é também uma viagem para “o fogo da lareira da mente”, como ela mesma denominou. Boa leitura!
Para adquirir o curso #Desenrole seu Storytelling, de Daiana Pasquim, use o cupom: LDO50
Página do curso: https://bit.ly/desenrolecomleitura
👍 Apoie o Leitura de Ouvido pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com
Ou pelo financiamento coletivo mensal:
https://apoia.se/leituradeouvido
📞 Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com
Direção e narração: @daianapasquim
Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: @lplucas
Uma produção @rockastudios
Padrinho @miltonhatoum_oficial