Será que nossa vida realmente é breve? As reflexões do filósofo romano Sêneca sobre esta questão se mostram de grande atualidade, tendo em vista principalmente que vivemos em uma época que tem horror até mesmo à mera aparência da velhice. A medicina hoje se esforça não apenas para aumentar nosso tempo de vida, mas também para ajudar a disfarçar os efeitos naturais de nossa idade. Podemos apontar a indústria dos cosméticos como exemplo: quantos novos produtos são lançados todo mês para diminuir rugas, cabelos brancos e outros sinais de que nosso corpo se encaminha para o seu fim? Todos estes esforços parecem indicar que consideramos insuficiente o tempo a que estamos destinados a viver, mas por qual razão pensamos assim? Será que a própria natureza errou nos fazendo viver tão pouco?