Diversidade na Polis: Sexual e Gênero, hoje

Mirante

10-08-2024 • 1 hora 18 min

A psicanálise tem se colocado como uma obra aberta aos discursos de nossa época?

A produção de Judith Butler e Paul Beatriz Preciado são referências atuais nos estudos sobre o sexual. A crítica que fazem é direcionada ao regime binário da diferença sexual e o privilégio da universalidade em um mundo patriarco-colonial.

O projeto freudiano procurou uma matriz universal que desse conta do psiquismo humano, independentemente da cultura em que se constitui, por meio de categorias e conceitos. A universalidade de suas ideias pode ter contribuído para uma patologização dos corpos.

Diante de mudanças profundas nas relações, a epistemologia do regime da diferença sexual em dois sexos e hierárquicos com o qual a psicanálise trabalha entrou em crise.

Como fazer para manter a psicanálise trabalhando, saindo de eventuais posturas de um modo hostil de fazer ciência que aprendemos como absolutas e universais?

Para conversar sobre “Diversidade na Polis: Sexual e gênero, hoje”, Beth Mori conversa com Gui Teixeira e Rodrigo Lage.

Gui Teixeira é comunicadora e designer, formada em Diversidade nas Organizações pela Escola Aberje de Comunicação e atua na área de comunicação da consultoria Mais Diversidade. Se considera não binária e utiliza pronomes ela/dela.

Rodrigo Lage é psicanalista, membro efetivo e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Psiquiatra e mestre em ciências pelo Instituto de Psiquiatria da USP.