#11 - Descoberta do pré-sal

Os Pregões que fizeram história

20-11-2020 • 52 min

08/11/2007 — No final de 2007, a bolsa brasileira amanheceu com um fato novo que colocou o país em posição de destaque no mercado internacional. Pela primeira vez o mundo olhou para o Brasil como a próxima potência do petróleo. A descoberta do campo Tupi, na camada pré-sal, levou o governo aos noticiários e os acionistas da Petrobras à euforia. Para as ações da estatal, este fato novo foi tratado como um divisor de águas. O estudo inicial da estatal apontava para um volume recuperável de óleo leve estimado entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Para se ter uma ideia, as reservas totais da empresa acumulavam 13,7 bilhões de barris no final de 2006. O leilão de abertura daquela quinta-feira apontava expressiva valorização de 6% para as ações da estatal, com os investidores tentando mensurar a descoberta. No fim do dia, o fechamento marcou impressionante disparada de 14,16% das ações preferenciais da Petrobras, que sozinhas movimentaram R$ 3,3 bilhões na sessão. Mais impressionante que a resposta da ação foi a movimentação no mercado de derivativos. Os comprados em calls viram suas posições dispararem mais de 1.800%. Por outro lado, os vendidos em opções da estatal amargaram prejuízos impressionantes. O Ibovespa acompanhava as perdas de Wall Street e caía naquele dia, mas a disparada da Petrobras fez o índice destoar do exterior e fechar em leve alta 0,11%.

Convidados:
Vinicius Canheu, sócio da Equitas, e Rossano Oltramari, ex-analista-chefe e sócio da XP Investimentos, e hoje sócio e estrategista da gestora 051 Capital.

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